
Na baixa militância política se diz que diretórios partidários zonais e de pequenas cidades são como firma: servem como meio de vida a seus líderes. Uma nomeação com salário e cesta básica garantidos, restituição de IR, e é sempre bom lembrar que todo mundo tem um filho, um sobrinho e até um cunhado ou cunhada desocupados e precisando de ajuda.
Num plano mais amplo, a firma evidentemente ganha proporção maior.
É o caso do ‘centrão’, ajuntamento de homens para tentar salvar o que restou do governo Bolsonaro no Congresso.
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No dizer de Lula, o ‘centrão’ é um fundo de investimento, mais que uma pequena firma.
E para azar de Bolsonaro, esse fundo investe no seu fracasso, segundo o ex-presidente.
“Centrão não é partido polítito, é um fundo de investimento que investe no fracasso de Bolsonaro”, disse Lula em entrevista à Rádio Jornal Bahia no Ar, na manhã desta quinta, 26, em sua visita a Salvador.
“Se tem uma coisa que deputado adora é presidente fraco”, continuou Lula.
‘Centrão’ faz a festa
“Quanto mais fraco tiver o presidente, mais os deputados fazem a festa. O Bolsonaro está imaginando que o Centrão vai dar toda a sustentação para ele. Quando os deputados pegarem o seu quinhão, eles vão dar no pé e Bolsonaro vai ficar sozinho.”