Luciano Hang liga para Bolsonaro após CPI e avisa: “Vou ser candidato”

Atualizado em 30 de setembro de 2021 às 16:31
Luciano Hang abraçado a Jair Bolsonaro
Luciano Hang decidiu ser candidato – Foto Daniel Marenco

Luciano Hang ficou muito satisfeito com o próprio desempenho na CPI da Covid ontem (29). O empresário fez questão de telefonar para Bolsonaro assim que terminou seu depoimento e mandou um recado. Ele garantiu que será candidato nas próximas eleições.

Segundo pessoas ligadas a ele, o popular ‘Véio da Havan’, não quis mandar mensagem, mas quis ligar para Bolsonaro. “Presidente, como me saí?”, perguntou ele aos risos enquanto do outro lado da linha ouvia elogio. “Você é f**a, deixou os caras sem saber o que fazer”, teria respondido.

A frase foi suficiente para empolgar Hang e, no meio da conversa, ele soltou a bomba que os bolsonaristas esperavam. “Eu vou ser candidato”, cravou o dono da Havan, pegando o próprio Bolsonaro de surpresa. “Vamos conversar, vai me ajudar muito”.

Leia mais:

1 – Heinze diz que “as pessoas foram comemorar 500 mil mortes” e é esculhambado no Twitter

2 – “Homofóbico” explode nas redes após Fakhoury ser exposto por Contarato na CPI

3 – Votação do relatório final da CPI já tem data marcada

Bolsonaro e Luciano Hang

A intenção de Bolsonaro e de toda sua trupe é de ter Luciano Hang como candidato puxador de votos. Para eles, o empresário conseguiria ajudar mais na campanha como candidato do que apenas apoiador. E já há até pesquisas incluindo o nome dele.

A intenção de Hang sempre foi de não se lançar porque nunca quis colocar seu patrimônio em evidência. Mas ele entende que, agora, somente a imunidade parlamentar vai protegê-lo. Por isso, o bolsonarista avisou ao presidente que será candidato. Possivelmente ao senado.

Hang, o Senado e o puxadinho

Hang se lançará como candidato, possivelmente ao Senado, como parte do plano de Bolsonaro. O presidente já decidiu que tentará transformar o local em um puxadinho de bolsonaristas. Inclusive, nomes abandonados já foram convidados.

Na cabeça de Bolsonaro, aliados fieis que precisaram ser deixados pelo caminho, precisam agora ganhar algo. E esse algo seria uma vaga no Senado, como o DCM mostrou com exclusividade.

Daniel César é jornalista e trabalha no Diário do Centro do Mundo como editor. Escreve desde os 10 anos e é fanático por TV, novelas e política.