Ministro ganha missão dura: convencer Bolsonaro que não dá para baixar conta de luz agora

Atualizado em 15 de outubro de 2021 às 21:09
Bolsonaro conta de luz
Bolsonaro desagradou sua equipe

O Ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, vai ter que convencer Bolsonaro a desistir da ideia de acabar com a bandeira “escassez hídrica” das contas de luz. Técnicos do governo estão preocupados que o presidente não volte atrás na decisão. As chuvas voltaram a cair no Sul e Sudeste nos últimos dias. Mas os reservatórios das hidrelétricas estão distantes de recuperar um bom nível. Por isso as termoelétricas continuam acionadas.

Desde o mês passado, os consumidores estão pagando um adicional de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh). E Bolsonaro prometeu que iria mandar o ministro acabar com a bandeira atual e voltar ao estágio “normal”. É uma “canetada” para diminuir a rejeição do povo brasileiro.

“Dói a gente autorizar o ministro Bento decretar bandeira vermelha, dói no coração, sabemos as dificuldades da energia elétrica. Vou pedir para ele… pedir, não, determinar a ele que volte à bandeira normal a partir do mês que vem”, declarou o presidente. E técnicos do ministério ficaram apavorados.

Leia mais:

1 – Presidente interina do PTB teria fingido ser pastora para visitar Roberto Jefferson na cadeia, diz filha

2 – Ricardo Salles compra mansão de R$ 3 milhões e antigos donos mandam recado: “Não estragar o jardim”

3 – VÍDEO – Imigrante é espancado por segurança de supermercado ao ser acusado de roubo

Bolsonaro terá que ser convencido pelos técnicos

E por isso eles querem que o ministro convença o governante do executivo que não é possível fazer isso neste momento. Nem financeiramente e muito menos tecnicamente. O objetivo é que a bandeira atual fique em vigor até abril do ano que vem.

Esse é o tempo mínimo para arrecadar impostos para pagar a geração mais cara. Se em setembro a situação era complicada, ficou ainda pior em outubro. Os dados são dos indicadores do setor elétrico.