
O Ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, vai ter que convencer Bolsonaro a desistir da ideia de acabar com a bandeira “escassez hídrica” das contas de luz. Técnicos do governo estão preocupados que o presidente não volte atrás na decisão. As chuvas voltaram a cair no Sul e Sudeste nos últimos dias. Mas os reservatórios das hidrelétricas estão distantes de recuperar um bom nível. Por isso as termoelétricas continuam acionadas.
Desde o mês passado, os consumidores estão pagando um adicional de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh). E Bolsonaro prometeu que iria mandar o ministro acabar com a bandeira atual e voltar ao estágio “normal”. É uma “canetada” para diminuir a rejeição do povo brasileiro.
“Dói a gente autorizar o ministro Bento decretar bandeira vermelha, dói no coração, sabemos as dificuldades da energia elétrica. Vou pedir para ele… pedir, não, determinar a ele que volte à bandeira normal a partir do mês que vem”, declarou o presidente. E técnicos do ministério ficaram apavorados.
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Bolsonaro terá que ser convencido pelos técnicos
E por isso eles querem que o ministro convença o governante do executivo que não é possível fazer isso neste momento. Nem financeiramente e muito menos tecnicamente. O objetivo é que a bandeira atual fique em vigor até abril do ano que vem.
Esse é o tempo mínimo para arrecadar impostos para pagar a geração mais cara. Se em setembro a situação era complicada, ficou ainda pior em outubro. Os dados são dos indicadores do setor elétrico.