Em publicação no Twitter, o empresário Paulo Marinho, disse hoje (24) que o presidente Jair Bolsonaro pedia a Gustavo Bebiano, ex-presidente do PSL, que morreu em 2020, que contratasse pelo partido o ex-assessor Waldir Ferraz, o Jacaré, por R$ 20 mil.
“Um anônimo, vulgo Jacaré, afirmou na revista Veja que convenceu Bolsonaro de que Bebianno estaria envolvido no atentado de JF. A verdade: o vagabundo do presidente pediu para que Gustavo contratasse Jacaré na folha do PSL recebendo R$20k. Bebianno negou mais essa rachadinha”, postou Marinho, que é ex-aliado de Bolsonaro e suplente de Flávio Bolsonaro no Senado.
“Meu consolo: em janeiro de 23 Jacaré retorna para o anonimato e a família presidencial vai para cadeia”, disse Paulo Marinho.
O nome de Jacaré apareceu no noticiário na quinta-feira (20), após a revista Veja publicar uma entrevista em que ele diz que Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro, foi responsável por gerenciar o suposto esquema de rachadinhas nos gabinetes de Jair Bolsonaro, quando era deputado federal, e de seus filhos Flávio e Carlos Bolsonaro.
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Jacaré negou declarações a revista
Horas depois da publicação, Waldir Ferraz negou as declarações. A Veja, porém, publicou os áudios com trechos da entrevista na sexta-feira (21).
A publicação de Marinho diz respeito ao trecho da entrevista de Jacaré a revista, quando ele disse ter convencido o presidente sobre Bebianno estar envolvido no episódio de 2018, em que Bolsonaro levou uma facada durante a campanha.
Segundo o ex-assessor, Bebianno queria, com a morte de Bolsonaro, substituí-lo na disputa para a presidência. O Jacaré, teria contado os detalhes do plano ao presidente e ao seu filho Carlos Bolsonaro, que é vereador pelo Rio de Janeiro.