
O deputado federal Marcelo Freixo participou do DCM ao Meio-Dia nesta quarta-feira (2). Em conversa com Kiko Nogueira e Pedro Zambarda, o parlamentar do PSB falou da construção política ao lado de Lula. O pré-candidato ao governo do Rio destacou a importância da união entre os democratas para derrubar Bolsonaro.
“Eu acho que o Bolsonaro ganhou para presidente e jogou o Brasil para um lugar muito grave. Mas convivemos com o Bolsonaro e com a pandemia. Nós temos um presidente que nega vacina para as crianças. Nós temos um governo que não faz corrupção só de rachadinha. Mas também na compra da vacina”, iniciou Freixo.
Ele destacou a importância de Lula procurar nomes de outros partidos para compor na eleição. “A gente não pode contar só com quem é igual a gente. Eu tenho falado que a gente não pode buscar o idêntico. A gente tem que buscar o comum. O que há de comum entre nós? O que não temos de comum a gente já sabe. Mas o que temos em comum é preciso encontrar para temos uma democracia”, opinou.
O objetivo para se juntar com pessoas de diferentes ideologias é derrotar o bolsonarismo. “O ano de 2022 é um plebiscito da Constituição de 88. Se o Bolsonaro vencer novamente, a Constituição de 88 acabou”, explicou.
“Lula pode ganhar essa eleição no primeiro ou no segundo turno. Mas não estou preocupado só com isso. Já falei isso para o Lula. Estou preocupado é a forma que vamos governar. Porque vão ser quatro anos muito difíceis. Não vai ser igual ele governou o Brasil em 2002. É outro país. Ninguém passa pela experiência do fascismo e continua o mesmo. Por isso temos que trazer outras pessoas para o nosso lado para governar do jeito que queremos fazer”, completou.
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Freixo esclarece polêmica com Márcio França e Haddad
Surgiu recentemente a informação que Marcelo Freixo era favorável a campanha de Haddad em São Paulo. Causou mal-estar no PSB e o deputado conversou com Carlos Siqueira, presidente do partido.
“Estou muito feliz com o PSB. É um espaço de construção muito importante. É claro que defendo a federação. Porque ajuda na governança mais do que eleger um número maior de deputados. Temos que derrotar o bolsonarismo na governança deste país”, comentou.
“Essa história está esclarecida. Já conversei com o presidente Siqueira (…) Isso foi um grande mal entendido. Não foi isso que eu disse ao jornalista. Essas coisas acontecem nesta época. O que eu disse é que defendo a aliança do PSB com o PT. O que eu disse é que São Paulo é o lugar mais delicado. Não posso nem opinar sobre São Paulo, porque sou pré-candidato no Rio de Janeiro”, esclareceu.
“O que eu disse é que São Paulo é o lugar mais difícil. Porque você tem o Márcio França de um lado, que já foi governador e está há anos no PSB, e do outro é o PT. Que tem dito que quer São Paulo, tem o Haddad que já foi prefeito de SP e é líder das pesquisas”, acrescentou.
“Os dois partidos têm legitimidade para suas candidaturas e é o lugar mais delicado. Mas tenho certeza que os dirigentes vão se resolver. Isso é completamente de eu falar que apoio um ou outro. Até porque não me cabe fazer isso. (…) O Lula me disse que ele quer ganhar o Brasil governando São Paulo e o Rio de Janeiro, algo que ele nunca conseguiu”, afirmou o deputado.
Freixo comenta ataque de Ciro Gomes
Ciro afirmou que o deputado deixou de ser um nome “da esquerda moderna” e virou apenas “lulista”. O parlamentar decidiu não rebater, mas relatou que continua tendo as mesmas opiniões.
“Eu prefiro ficar só com a parte do elogio dele, apesar de achar que defender a candidatura do Lula não tira a ideia de fazer parte de uma esquerda moderna. Apesar que eu não sei bem o que isso significa. Mas votar no Lula não muda minhas características, até porque é coerente”, comentou.
“Não quis comentar isso, não faz sentido. O Ciro não é meu inimigo, muito pelo contrário. Neste momento, quero derrotar o Bolsonaro e o fascismo. Quero tirar o Brasil desta situação tão difícil. E minha forma de ajudar é governar e lutar pelo Rio de Janeiro (…) Não vou responder o Ciro, acho que ele pode contribuir muito para o Brasil”, concluiu.
Confira a entrevista:
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