VÍDEO: Ministro da Educação tem fala preconceituosa sobre sexualidade

Atualizado em 9 de março de 2022 às 19:30
Ministro da Educação, Milton Ribeiro
Ministro da Educação, Milton Ribeiro, mais uma vez teve falas lgbtfóbicas.
Foto: Reprodução/Revista Forum

Em evento organizado pelo MEC, na tarde desta quarta-feira (9), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a fazer um discurso lgbtfóbico ao falar sobre questões de gênero nas escolas brasileiras. O pastor disse que não permitirá que escolas ensinem “coisas erradas” às crianças.

“Nós não vamos permitir que a educação brasileira vá por um caminho de tentar ensinar coisa errada para as crianças. Coisa errada se aprende na rua. Dentro da escola, a gente aprende o que é bom, o correto, o civismo, o patriotismo. Não tem esse negócio de ensinar ‘você nasceu homem, pode ser mulher’. Respeito todas as orientações, mas uma coisa é respeitar, incentivar é outro passo”, complementou ele em sua exposição.

É a segunda vez, utilizando de um espaço público de discurso, que Amilton realiza cenas do tipo. Em setembro de 2020, ao conceder entrevista a um jornal brasileiro, o ministro disse que pessoas LGBTQIA+ são consequências de uma “famílias desajustadas”. A declaração gerou mobilização por parte de movimentos sociais e grupos ativistas que conseguiram, através da Procuradoria-Geral da República, o denunciar pelo crime de homofobia.

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As polêmicas do ministro da Educação

No dia 21 do último mês, 11 servidores de cargos relacionados ao Ministério da Educação pediram demissão coletiva através de uma carta. Todos eram advogados e expressaram em suas palavras que o interesse público sempre deveria ser superior ao privado. Segundo conversas dos mesmos, a motivação teria sido uma fala do ministro em um evento privado.

A saída também faz lembrar da crise  da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes) que aconteceu no ano passado, onde mais de 100 profissionais da área da pesquisa renunciaram seus cargos de forma coletiva. Também em 2021, prestadores de serviços do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), abandonaram suas atividades após denunciarem assedio moral e outras precarizações.

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