
A utilização das redes sociais no conflito entre Rússia e Ucrânia segue alcançando novos patamares. Depois de anunciar que bloquearia o acesso a canais financiados pelo governo russo, o YouTube derrubou, na tarde desta sexta-feira (11), o acesso ao canal da Sputnik Brasil na plataforma de streaming de vídeo, de propriedade do Google.
Segundo a empresa, a proibição de acesso se deu em razão de uma política da plataforma que proíbe “conteúdos que neguem ou banalizem eventos violentos bem documentados”. A operação militar especial russa na Ucrânia se enquadraria, de acordo com a empresa, em sua política de eventos violentos.
“Nossas Diretrizes da Comunidade proíbem conteúdo que negue, minimize ou banalize eventos violentos bem documentados, e removemos conteúdo sobre a invasão da Rússia na Ucrânia que viola essa política. De acordo com isso, com efeito imediato, também estamos bloqueando os canais do YouTube associados à mídia financiada pelo Estado russo, globalmente”, afirmou o porta-voz do YouTube, Farshad Shadloo.
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Entenda a situação da Sputnik Brasil
Até agora, mais de mil canais e 15 mil vídeos foram removidos sob o argumento de violarem a política que proíbe discurso de ódio, desinformação e conteúdo gráfico. A Sputnik Brasil, no entanto, segue utilizando o canal no Telegram para burlar a censura e continuar divulgando seus conteúdos. Os vídeos, inclusive, estão sendo publicados em outra plataforma.
“Caros amigos, infelizmente, a plataforma de vídeos YouTube decidiu bloquear o canal da Sputnik Brasil após um incansável trabalho de nossa equipe por quatro anos. Apesar da censura do YouTube, continuamos a publicar nossos vídeos. Para assisti-los, acesse o nosso canal na plataforma de vídeos Odysee clicando em: https://odysee.com/@SputnikBrasil:8”, disse a Sputnik Brasil no Telegram.
Em 1º de março, o Youtube já havia anunciado que proibiria a monetização de todos os canais russos. Na prática, os anúncios do YouTube já haviam sido “pausados” na Rússia. No mesmo dia, os canais RT e da agência de notícias Sputnik em toda a Europa foram derrubados.
Agora, a plataforma foi ainda mais longe e decidiu expandir o bloqueio para todo o mundo, incluindo os canais “associados à mídia estatal russa”. A mudança é “efetiva imediatamente”, disse o YouTube, acrescentando que eventuais atrasos para sua efetivação se dariam em razão da demora de os seus sistemas processarem as mudanças.
Rússia bloqueará Instagram e 14 de março
Em resposta à decisão do YouTube, a Rússia anunciou, nesta sexta-feira (11), que bloqueará o acesso ao Instagram de forma permanente à meia-noite do próximo dia 14 de março. A informação é da agência Tassa. Com isso, os usuários ativos terão tempo para copiar suas fotos e vídeos para outras redes sociais.
De acordo com a agência Reuters, a Meta, empresa que controla Facebook e Instagram, permitirá que usuários defendam atos de violência contra russos no contexto da guerra na Ucrânia.
Se isso ocorrer, o porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, disse que banirá todas as atividades da empresa no país. “Não queremos acreditar na reportagem da Reuters, é muito difícil acreditar”, disse.
O que é pior de aguentar?
— DCM ONLINE (@DCM_online) March 10, 2022
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