
A brasileira Lúcia Xavier, responsável pela coordenação da ONG Criola, irá denunciar racismo no Brasil em um evento da Organização das Nações Unidas (ONU). Ela participará da 49° sessão do Conselho de Direitos Humanos e levará relatos sobre as condições da população negra no país, principalmente as mulheres.
O encontro foi marcado por causa do Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, comemorado no dia 21 de março. Michelle Bachelet, alta comissária para os Direitos Humanos da entidade, também participará do encontro.
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Lúcia Xavier disse que irá relatar a “falta de políticas públicas” e a “negligência do Estado” em evento na ONU
Ao UOL Universa, a coordenadora da ONG disse o seguinte: “Me cabe a tarefa sobre a qual minha organização está debruçada: apresentar a situação das mulheres negras e o quanto elas têm arcado com o ônus da falta de políticas pública ou mesmo com a negligencia do Estado, desde a violência às consequências das crises da pandemia”.
“Minha intenção é lembrar que as mulheres negras têm passado por um momento muito difícil no país, não só pela violência estrutural, doméstica e sexual, mas também por situações como a mortalidade materna.”
A ONG Criola foi criada no ano de 1992 e surgiu a partir da organização de mulheres que faziam parte do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), no Rio de Janeiro.
A ideia do evento é que também haja o compartilhamento de experiências. Por isso, mais três outras ativistas estarão presentes, a estadunidense Manjusha Kulkarni, o sul-africano May Kluk e o inglês Joshua Castellino.