Foto: Reprodução
Jair Bolsonaro (PL) participou nesta sábado (13) de live no canal de YouTube Cara a Tapa, comandado por Rica Perrone. Durante a entrevista, o presidente admitiu que houve “coisa errada” na ditadura, como “cascudo, tapa ou afogamento”.
Apesar de mencionar as práticas de tortura, o mandatário não falou sobre as pessoas que foram mortas pelo regime militar. “Teve coisa errada? Ninguém vai negar que não teve. Levou cascudo, tapa ou afogamento”, disse Bolsonaro em 1h31 de live. “Ninguém vai negar que teve isso, agora ninguém pode negar que pro lado de cá, nós sofremos também”.
A Comissão Nacional da Verdade, que concluiu os trabalhos em 2014 para apurar violações de direitos humanos no Brasil durante o regime militar, investigou as mortes e torturas na ditadura. No relatório final, a comissão apresentou dados sobre prisões, tortura e assassinatos. Foram identificadas 434 mortes e desaparecimentos de vítimas no período.
O presidente ainda disse que discutia com anistiados quando estava nas comissões da Câmara dos Deputados e disse, sem evidências, que eles tenham sido torturados pelo regime. Bolsonaro afirmou que eles tinham a pele “mais lisa que a branca de neve”.
“Cheguei numa época que tinha acabado o período militar e em 91 tinha um montão de anistiado lá dentro”, afirmou. “Apareceu os torturados com a pele mais lisa que a branca de neve. Uns ‘ah me quebraram os ossos todos’, tira raio-x do cara e vê se tem algum calo ósseo”.
Com discursos golpistas sobre as urnas eletrônicas e eleições, Bolsonaro também questionou que esteja se movimentando para dar um golpe: “Eu sou acusado agora de programar o golpe. Alguém já viu eu se movimentando com generais por aí, conspirando?”.
Na mesma conversa, o presidente chamou um jornalista da Jovem Pan de “cara de bunda” e reclamou dele para a chefia do canal.
Confira a entrevista completa abaixo:
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