
Durante comício em Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo, neste sábado (10), o ex-presidente Lula (PT) disse que tentou contatar a família do petista assassinado por um bolsonarista em Confresa (MT). Ele também relacionou a morte às ações do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Se ele tem mulher e se ele tem filho, o PT tem obrigação de saber de todas as coisas para ajudar essa família que foi vítima do genocida chamado Bolsonaro.”, disse. “Ele foi assassinado numa cidade do Mato Grosso, mas ele na verdade morava numa cidade chamada Santana do Araguaia (PA). Hoje de manhã eu tentei localizar a família, não consegui”.
Ainda durante o comício, Lula subiu o tom e fez críticas a Bolsonaro, afirmando que nunca um presidente gastou tanto dinheiro público para tentar se reeleger. “Vai perder mesmo assim”, afirmou.
Lula reiterou a comparação que fez da campanha de Bolsonaro com a Ku Kux Klan: “Agora ele está me processando porque eu disse que no caminhão dele tinha a ‘supremacia branca’. Não tinha negro e eu pensei que era quase uma Ku Kux Klan, pensei que era uma coisa da supremacia branca que não gosta de pobre, que não gosta de negro, que não gosta de pardo, de índio, de quilombola, de doméstica, que não gosta dos sindicatos”.
Assista ao vídeo:
Lula diz que família de homem morto por bolsonarista em discussão política foi “vítima do genocida chamado Bolsonaro”.
Candidato a presidente pelo PT participa de ato em Taboão da Serra (SP) neste sábado (10). pic.twitter.com/aaQ22Hb5sM
— Metrópoles (@Metropoles) September 10, 2022
O ex-ministro Fernando Haddad (PT), candidato ao governo de São Paulo, relacionou a morte ao petista morto em Foz do Iguaçu em janeiro deste ano. Na ocasião, o homem foi morto durante sua festa de aniversário que tinha o ex-presidente como tema.
“Agora eles partiram para a ignorância total. Já mataram dois petistas. Dois bolsonaristas”, lembrou. “Um entrou no aniversário da pessoa, na frente dos filhos menores, e disparou uma arma de fogo contra o aniversariante que completava 50 anos. E essa semana, outra vítima do assassinato que o Bolsonaro promove no país, que começou com a pandemia e tem data para acabar. Essa palhaçada acaba dia 2 de outubro. Não pode continuar”.
“Eu tenho dito que essa aqui não é uma eleição, numa eleição você escolhe um governo. Aqui estamos escolhendo um regime. Se a gente quer continuar vivendo em liberdade ou se a gente vai jogar o país no abismo do autoritarismo, porque é isso que Bolsonaro representa. É o abismo do autoritarismo”, completou Haddad.