Empresário que coagiu funcionárias a filmar voto é condenado a pagar indenização de R$ 150 mil

Atualizado em 26 de outubro de 2022 às 13:03
Empresário Adelar Eloi Lutz. Foto: Reprodução

O empresário Adelar Eloi Lutz, que orientou suas funcionárias a colocarem “o celular no sutiã” para filmar o voto na urna eletrônica e comprovar o voto no presidente Jair Bolsonaro (PL), assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT-BA), que apura o caso.

O acordo foi assinado na última terça-feira (25) e prevê que o simpatizante do chefe do Executivo faça uma retratação pública, reforçando o direito de liberdade de voto, além do pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 150 mil. Com informações do G1.

O dinheiro deverá ser depositado em até 30 dias na conta do Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad). O valor será destinado para projetos que fortalecem o trabalho digno na região de Formosa do Rio Preto.

O apoiador do ex-capitão terá, desde a assinatura do termo, um prazo de 48 horas para publicar nas redes sociais um vídeo em que esclarece que assediar trabalhadores é uma prática ilegal. Outra exigência imposta pelo MPT é que ele diga na gravação que todo trabalhador que se sentir constrangido pelo patrão deve denunciar o caso ao órgão.

Na ultima semana, o empresário bolsonarista havia se retratado dizendo que estava “brincando com amigos” e afirmou não saber como os áudios foram espalhados. “Eu peço desculpa a todos, inclusive o pessoal da lei. […] Se for olhar cá em casa, eu tenho gente que trabalha aqui e que a família toda é PT. E eu botei para fora? Botei não. Só disse que tem que analisar, não tem pressão nenhuma”, disse.

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