‘Associar Lula a plano do PCC contra Moro é mau-caratismo e ajuda a quadrilha’, diz Flávio Dino

Atualizado em 22 de março de 2023 às 13:43
Ministro da Justiça, Flávio Dino. Foto: Reprodução

O ministro da Justiça Flávio Dino criticou o ex-chefe da Lava Jato Deltan Dallagnol, por insinuar que uma fala do presidente Lula (PT) sobre o senador Sergio Moro (União Brasil) estaria relacionada ao plano do PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar o ex-juiz. “Não se pode pegar uma declaração de ontem e vincular a uma investigação de meses”, disse Dino em entrevista.

Ele chamou a associação de “mau-caratismo” e diz que opositores do presidente tentam “politizar uma investigação séria”. “A politização é vil, é disparatada. E quero deplorar isso, porque precisamos focar no principal. Quem neste momento faz politização indevida está ajudando a quadrilha”, completou.

Deltan tentou relacionar o plano do PCC para matar e sequestrar um senador e um promotor de Justiça a uma fala do petista em entrevista. Durante conversa com o Brasil247, o presidente disse que era perguntado se estava bem enquanto estava preso na sede da Polícia Federal em Curitiba e respondia: “Só vai ficar tudo bem quando eu foder esse Moro”.

Na manhã desta quarta (22), o ex-procurador tentou associar o plano da facção criminosa com o presidente. “Chocado, indignado e motivado a lutar ainda mais contra o crime. Minha total solidariedade a Sergio Moro e sua família, pessoas de honra que querem e lutam por um Brasil melhor. Os criminosos quererem vingança”, afirmou Deltan.

A Polícia Federal deflagrou uma operação, batizada de Sequaz, para cumprir 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão nos estados de Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Nove pessoas foram presas, sendo seis delas na região de Campinas (SP).

O plano dos criminosos era se vingar de autoridade por conta de uma portaria do governo que proibia visitas íntimas em presídios federais. Os atentados eram planejados desde o ano passado.

A fake news foi criada a partir de uma declaração dada pelo presidente nesta terça (21). O senador já sabia que estava sob ameaça do PCC há meses e contava com escolta da casa legislativa.

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Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.