Alvo da Polícia Federal por possível falsificação de seu certificado de vacinação, Jair Bolsonaro já deu uma série de declarações sobre a imunização sobre o imunizante contra Covid-19. Ele foi o único líder mundial a dizer que não iria se vacinar.
“Eu digo pra vocês: eu não vou tomar. É um direito meu”, afirmou o ex-presidente em novembro de 2020 durante live. No mês seguinte, ele voltou a falar sobre o tema, dizendo que o caso seria “problema seu e ponto final”. Um dos argumentos usados por Bolsonaro para não se imunizar na ocasião era de que já teria tido “a melhor vacina”: ter contraído a Covid.
Apesar da recusa em ser vacinado, ele afirmou posteriormente que se vacinaria por último, alegando que seria uma “atitude louvável” e que parte da população estava “apavorada em casa”. “Ele já falou que ele quer dar o exemplo, ele quer ser o último brasileiro a se vacinar e é coisa dele, do íntimo dele, pra reforçar o quanto de respeito que ele tem pelo povo então a gente aguarda esse momento lá na frente”, afirmou seu filho, Flávio Bolsonaro, na época.
Mesmo com a sinalização de que seria imunizado, ele voltou a incentivar que as pessoas não se imunizassem. Em outubro de 2021, em evento na Paraíba, Bolsonaro afirmou: “Não tomei a vacina e quem quiser seguir o meu exemplo, que siga”.
Quando ainda era presidente, Bolsonaro foi questionado se teria tomado o imunizante, no início de 2021, mas seu governo impôs sigilo de 100 anos sobre a informação, alegando que seria um dado privado. No final de seu mandato foi aberta uma ação para apurar a possibilidade de existirem informações falsas em seu cartão de vacinação.
Em março deste ano, a Controladoria-Geral da União (CGU) confirmou que existe um registro de imunização nas informações sobre o ex-mandatário, mas o órgão apura se as informações são verdadeiras. O sigilo sobre o documento deve ser retirado após a conclusão da investigação.