
A Polícia Federal (PF) apura se o general Walter Braga Neto, ex-ministro da Casa Civil, participou de conversas sobre planos de golpe de Estado após as eleições de 2022. Os agentes querem descobrir se houve alguma conversa do militar com os presos na Operação Verine, deflagrada na semana passada.
Durante a operação, que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, a PF cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Brasília, um deles na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e no Rio de Janeiro.
Na ação, seis pessoas foram detidas, entre elas o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Ailton Barros, capitão reformado do Exército e advogado.
Durante apuração, a PF descobriu mensagens de áudio em que Ailton e Mauro Cid conversavam sobre um plano golpista para manter o ex-presidente no poder e prender o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com isso, a PF pretende investigar uma possível participação de Braga Neto no roteiro do golpe.
Ao blog de Andréia Sadi, do g1, assessores do general refutaram a participação do ex-ministro em qualquer irregularidade, e dizem ver as investigações como oportunidade para “elucidar com clareza” uma série de questões.