À PF, Bolsonaro diz que mantinha “conversas esporádicas” com major investigado por planejar golpe

Atualizado em 16 de maio de 2023 às 19:59
Ailton Barros e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que mantinha “conversas esporádicas” com o major reformado Ailton Barros, que é investigado por discutir plano para golpe de Estado. Ele alegou que conhece o militar há cerca de 20 anos por conta de eventos da Brigada Paraquedista no Rio de Janeiro.

“Indagado se Ailton Barros mantinha contato direto com o declarante, respondeu que mantinha contato com Ailton por conversas esporádicas em aplicativos de mensagens”, diz transcrição do depoimento de Bolsonaro. O ex-presidente ainda alegou que Ailton costumava se aproximas dele em períodos eleitorais.

Bolsonaro também alegou que “não mantinha relacionamento pessoal” com Barros e que “não participou ou orientou qualquer ato de insurreição ou subversão contra o Estado de Direito”.

Ailton Barros foi preso pela PF no âmbito das investigações de esquema de fraude da vacina. Ele, o coronel do Exército Elcio Franco e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foram descobertos pela corporação planejando golpe de Estado.

Ele ficou conhecido como “segundo irmão” do ex-presidente. Candidato a deputado estadual pelo PL em 2022, Ailton usou um áudio de Bolsonaro em sua campanha, em que o então presidente citava uma relação de longa data entre eles.

“Ailton, você sabe, você é um velho colega meu, paraquedista. Tu é meu segundo irmão, né? Primeiro é o Hélio Negão, depois é você. Tu sabe do carinho que tenho contigo, da nossa amizade”, diz Bolsonaro no áudio.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link