O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou neste sábado (15) que o Ministério Público Federal (MPF) tome as medidas cabíveis contra os bolsonaristas que hostilizaram o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Aeroporto Internacional de Roma. Com informações da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Na última sexta-feira (14), o magistrado foi abordado por três bolsonaristas. Na ocasião, Andreia Munarão chamou o ministro de “bandido, comunista e comprado”.
O marido da bolsonarista, o empresário Roberto Mantovani Filho, reforçou os xingamentos e agrediu fisicamente o filho de Moraes. Alex Zanatta Bignotto, que é casado com a filha do casal, também atacou verbalmente o magistrado.
Aras, que está fora do país, enviou uma mensagem ao ministro manifestando a sua solidariedade. O PGR classificou a agressão como “repulsiva” e afirmou ser um agravante o fato de a hostilidade ter atingido a família de Moraes.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já solicitou informações sobre o caso à Polícia Federal (PF), que instaurou um inquérito para apurar o episódio.
Mantovani disse à Folha de S.Paulo que aguarda um comunicado oficial sobre a acusação que pesa contra ele e seus familiares. O empresário afirmou que avistou Moraes no aeroporto, mas nega que tenha falado com o ministro.
O bolsonarista ainda disse que, como estava acompanhado das duas netas, de 4 e 2 anos, ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos, preferiu não conversar com uma delegada da PF na madrugada deste sábado, deixando para comparecer à corporação em outro momento.