A armadilha do golpe. Por Moisés Mendes

Atualizado em 31 de março de 2023 às 10:22
Ex-presidente Bolsonaro em frente ao Palácio do Planalto, parabenizando militares pelo golpe de 1964, em 2021. (Foto: Reprodução)

O que Bolsonaro irá dizer no 31 de março como mensagem aos militares, para manter vivo o aniversário do golpe?

Se ficar quieto, será vaiado pela extrema direita e considerado covarde.

É provável que diga algo meio enrolativo, como homenagem genérica aos fardados, para não ficar em silêncio.

O retorno ao Brasil às vésperas do aniversário do golpe o colocou numa armadilha.

O próprio elemento e a extrema direita forçaram a associação da volta à data.

Como comprovar essa conexão, se a ordem nas Forças Armadas é para que prevaleça a moderação entre os militares da ativa?

Só os generais de pijama devem comemorar a data, o que não surpreende. Mas qual o significado e o peso político de uma nota do Clube Militar hoje?

O ex-acampado de Orlando teria coragem de ir ao Clube Militar para confraternizar com os generais de pijama?

Só se espera que não diga que a data é uma oportunidade de ouro para exaltar os militares.

É complicada a situação do retornado.

Originalmente publicado em Blog do Moisés Mendes

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