“A comida está acabando”: preso em Gaza com a família, brasileiro pede ajuda ao governo

Atualizado em 11 de outubro de 2023 às 16:37
O brasileiro-palestino Hasan Said está preso na Faixa de Gaza. Foto: Arquivo Pessoal

O brasileiro Hasan Said Rabee, que está na Faixa de Gaza com a família, diz que está preso na região com a família. Ele diz que está em contato frequente com o governo e a embaixada do Brasil para tentar deixar o país, mas que ainda não obteve sucesso.

“Infelizmente, estamos na maior prisão do mundo. A única saída, pela cidade de Rafah, foi destruída em um ataque de Israel ontem. Desde então, o Egito fechou a fronteira no local. Não temos como sair”, afirmou à coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

Nascido na Palestina e morador de São Paulo, ele foi ao país com a mulher e as filhas para visitar familiares. Ele viajou há dez dias e agora, após os bombardeios de Israel a Gaza, está sem água, sem energia elétrica e teve que mudar de casa na manhã desta quarta (11). “Temos comida para poucos dias”, relata.

Hasan ainda nega que Israel esteja avisando previamente os civis antes dos bombardeios: “Isso é mentira. Não existe aviso”. Após os ataques israelenses, seu único desejo é voltar para casa. “A única coisa que pode ajudar é o presidente Lula falar com presidente do Egito para a gente sair de Gaza”, avalia.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que conversou com o chanceler egípcio Sameh Shoukry para tratar da repatriação dos brasileiros que estão na Faixa de Gaza. O governo estima que há cerca de 25 brasileiros que querem voltar ao país.

A embaixada local já alugou um ônibus para fazer a travessia pela cidade de Rafah e para que os brasileiros cheguem em território egípcio “a salvo”, segundo o chanceler brasileiro.

“Creio que essa é uma boa iniciativa. Conto com o apoio egípcio para isso e creio que será a saída para evacuar os brasileiros que se encontram nessa região conflagrada e correndo riscos. Dessa forma, estarão sãos e salvos no território egípcio e estamos trabalhando para conseguir informar o governo egípcio da documentação, dia e horário que o ônibus passaria”, disse Vieira.

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