A guerra dos donos de carrões contra os carrinhos para o povo. Por Moisés Mendes

Atualizado em 6 de junho de 2023 às 10:26
Carros populares sendo exibidos em loja. (Foto: Reprodução)

O povo merece sonhar com um carrinho que possa ser pago em muitas prestações, como aconteceu nos outros governos de Lula e Dilma?

Não pode. Os jornalistas bacanas, brancos, bem de vida e golpistas dos jornalões decretaram: carro não é pra pobre, porque polui muito, e as montadoras são indústrias velhas do século 20, que nem emprego geram mais.

Gente que desfila por aí em caminhonetões não quer o povo andando com a família em novas versões do Corsinha nas ruas. Essa é a campanha cruel dos jornalões. Não vendam carros mais baratos para o povo

Na capa do Estadão, a manchete vai nessa linha: quem o povo acha que é para pensar em ter carro de novo, se na Europa e nos Estados unidos não querem mais saber de carros?

Manchete do Estadão. Foto: Reprodução

Ninguém vai encontrar uma linha dessa gente nos jornais contra os carrões de mais de R$ 200 mil que tomaram o Brasil, como se vivêssemos em Miami.

Uma elite nojenta, que usa e abusa de carros, com um carrão para cada membro da família nas garagens, decide sabotar o plano do carro popular. Porque é egoísta.

O argumento de que Europa e Estados não querem mais os carros é papo furado, é uma mentira. Eles querem carros com bateria, o que não muda quase nada. É uma farsa liderada pelo fascista Elon Musk.

É cínico o pretexto da defesa do meio ambiente. Um desses bacanas já andou de metrô ou de ônibus?

(A manchete do Estadão contra o carro para o povo era assinada por Eliane Cantanhêde. Enquanto eu escrevia esse texto, o nome dela foi tirado da manchete. Pouparam a tia.)

Originalmente publicado em Blog do Moisés Mendes

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