A vitalidade de Lula. Por Moisés Mendes

Atualizado em 22 de março de 2023 às 7:01
Presidente Lula. (Foto: Reprodução)

Algumas anotações sobre a entrevista de Lula à TV 247 na terça-feira, quando ficou claro mais uma vez que as falas dele e as intenções do terceiro governo estão mais à esquerda (apesar das barreiras das alianças) do que nos quatro governos anteriores do PT.

Se depender de Lula, Bolsonaro, Sergio Moro, os militares e o presidente do Banco Central não terão folga.

Bolsonaro foi lembrado mais uma vez como responsável pela destruição da economia. Lula disse se sentir como alguém que tenta ocupar a casa depois de um terremoto.

Os militares já foram aconselhados a se retirar da política, e os comandos prometeram que as Forças Armadas serão despolitizadas.

Ressaltou que os participantes de atos golpistas serão julgados pela Justiça Comum (uma decisão de Alexandre de Moraes).

A extrema direita que fabrica fake news foi atacada como fenômeno que não é apenas brasileiro.

Presidente Lula concede entrevista à TV 247. (Foto: Ricardo Stuckert)

Lula acha que aqui e em muitos países o ativismo dos fascistas continua muito vivo. E que combatê-los como disseminadores de ódios e mentiras é também tarefa da população

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi acusado de atitude irresponsável ao insistir na manutenção do juro alto.

Mas Lula admitiu que não há o que fazer, porque o sujeito tem mandato.

A parte dedicada a Sergio Moro foi a mais dramática e a mais engraçada. Lula chorou ao dizer que deitava olhando para o teto no cárcere de Curitiba.

E repetiu o que dizia a procuradores que apareciam na cadeia e perguntavam se ele estava bem: “Só vai estar bem quando eu foder com o Sergio Moro”.

Sobre a guerra, foi categórico de novo. Condenou a invasão da Ucrânia pelos russos e repetiu que se dispõe a trabalhar pela paz.

Reconheceu que é preciso voltar a fazer carinho na classe média, com medidas concretas (principalmente na área da casa própria), e baixou a ripa no mercado financeiro.

Nada de muito novo, mas a entrevista teve o mérito de mostrar Lula com força para a luta e sem medo dos chefes e cúmplices de manés e terroristas.

Originalmente publicado em Blog do Moisés Mendes

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