“Abin paralela” também monitorava entorno dos filhos de Bolsonaro

Atualizado em 25 de janeiro de 2024 às 13:13
Flávio Bolsonaro, Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro. Foto: Ascom/TSE

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não apenas monitorou ilegalmente autoridade públicas consideradas “desafetos” do governo de Jair Bolsonaro (PL), mas também pessoas que se relacionavam com os filhos do então presidente. A informação é da jornalista Ana Flor, do g1.

Segundo interlocutores da Polícia Federal (PF) que acompanham as investigações, um dos casos envolve um amigo de Jair Renan, filho “04” do ex-mandatário. Além de monitorar a localização dessa pessoa, a Abin também espionava as comunicações dela por computador.

A coleta de dados e evidência ainda está em andamento. Entretanto, os investigadores identificaram o uso de recursos do Estado brasileiro, através da Abin, para lidar com questões pessoais de Bolsonaro.

Ex-presidente Jair Bolsonaro com o filho Jair Renan. Foto: Reprodução

Em diferentes ocasiões, o então presidente citou que queria a “sua polícia” e que não toleraria prejuízos a sua família e amigos.

Durante a reunião ministerial de 22 de abril de 2020, Bolsonaro usou um palavrão ao afirmar que não permitiria que a PF prejudicasse “sua família toda” para fazer trocas na corporação.

Além do monitoramento das pessoas próximas ao filho do ex-chefe do Executivo, a Abin também monitorou autoridades como os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (União Brasil-RJ).

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