Um dia eu acreditei no PCO. Por Edva Aguilar

Atualizado em 1 de fevereiro de 2022 às 11:45
A imagem de Rui Costa Pimenta
Rui Costa Pimenta, o fundador do PCO, no Pânico da Jovem Pan. Foto: Reprodução/YouTube

A enfermeira aposentada e autora do livro “Terapêutica Oncológica Para Enfermeiros e Farmacêuticos”, Edva Aguilar, escreveu um desabafo sobre o Partido da Causa Operária (PCO) em seu Facebook

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Um dia eu acreditei no PCO

Eles se apresentavam como o único partido que defendia a anulação do impeachment da Dilma. Por isso, agregaram muitos simpatizantes e filiados a partir de 2015.

Não demos credibilidade ao Gilmar Mendes, quando no início de 2017, ele inseriu numa palestra em Harvard fortes críticas ao PCO. Como nós poderíamos acreditar num ministro que aliou-se à conspiração pelo golpe no ano anterior?! Para nós era tudo uma perseguição ao partido “genuinamente de esquerda”.

Então, não relutamos em custear a passagem de ida e volta para Amsterdã ao guru do partido, RUI COSTA PIMENTA. Nós tínhamos recursos financeiros oriundos de uma campanha financeira feita pela internet. E em Amsterdã estaríamos lutando para colocar em pauta a bandeira da anulação do golpe em um grande evento de brasileiros no exterior.

Nós ainda acreditávamos em Wellington Calazans e estávamos felizes porque o Leonardo Michel Stoppa também estaria no encontro (acreditávamos que ele estava alinhado a essa luta e nos ajudaria a defendê-la). A primeira grande surpresa: nem O Rui e nem o Léo defenderam a anulação.

O 1º preferiu calar-se e o segundo estava com outro discurso: abandonou a narrativa de luta através da anulação do impeachment e aderiu de cabeça ao DiretasJá. Mas a surpresa não nos fez perder a credibilidade no PCO.

Meses depois fizemos Atos pela Anulação do Impeachment em Brasília. Nós já não tínhamos mais recursos. A campanha financeira que lançamos parou, porque as pessoas foram aceitando o discurso majoritário de que a batalha por Dilma estava perdida. Nós não desistimos.

Seguíamos na luta. O PCO tomou a dianteira na organização dos Atos. No dia 20/06/2017, logo após um dos Atos em Brasília, surpreendi o Antonio Carlos (Toninho – vice do PCO) sendo pressionado por um dos motoristas dos ônibus contratados pelo PCO.

O Toninho me disse que ele estava ameaçando não levar os militantes de volta ao Rio e MG se não recebesse CINCO MIL REAIS do PCO, valor em débito para completar o custo do transporte.

Resolvi tirar o “companheiro Toninho” do sufoco e EMPRESTEI o dinheiro, para evitar uma confusão incontrolável. O Toninho agradeceu muito e me pediu PARA DEPOSITAR DIRETAMENTE NA CONTA DA EMPRESA (tenho o comprovante até hoje). E me disse:

“COMPANHEIRA, EM 3 A 4 DIAS O DINHEIRO VOLTA PARA A SUA CONTA.” Mas são mais de 4 anos e 7 meses sem receber um único centavo de volta. Não faltaram cobranças. Mas, infelizmente, FALTOU UM BOLETIM DE OCORRÊNCIA. A narrativa deles é de que eu DOEI O DINHEIRO. E seguem assim, impunes e recidivando em suas “captações financeiras ilícitas”.

Espero que a CASA CAIA. O mais breve possível.

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