Em depoimento na CPI da Covid, Bruna Morato citou conluio da Prevent Senior com o Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes. Segundo a advogada dos médicos que denunciaram a operadora de saúde, a empresa tentou aproximação com Luiz Henrique Mandetta. Após fracasso, investiram no contato com assessores relacionados ao Ministério da Economia.
Ela cita que médicos relataram ter interesse da pasta para que “o Brasil não parasse”. A advogada afirma que os fatos foram relatados por seus clientes e cita um “pacto” ou “aliança”.
“Havia um interesse junto com o governo para que o Brasil não parasse durante a pandemia. Eles [Prevent] tinham que dar esperança para que as pessoas tivessem coragem para sair de casa. E essa esperança tinha um nome: hidroxicloroquina”.
Leia também:
1 – Diogo Mainardi acusa operadora de saúde de tentar ocultar morte de seu pai bolsonarista por covid
2 – “Gabinete paralelo” que levava dados da empresa ao governo se baseou em charlatão americano
A relação entre o gabinete paralelo, a Prevent Senior e o Ministério da Economia
Morato cita Anthony Wong, Nise Yamaguchi e Paolo Zanotto, do gabinete paralelo, como médicos com alinhamento ideológico com a pasta. A ideia deles era oferecer uma “esperança” para as pessoas com a cloroquina. Ou seja, segundo o depoimento da advogada, Paulo Guedes tinha interesse no estudo antiético promovido pela Prevent Senior.
Advogada de médicos da Prevent Senior diz que empresa fez “pacto” com médicos do gabinete paralelo que estariam alinhados com o Ministério da Economia.
“A economia não podia parar e eles tinham que conceder esperança para que pessoas saíssem às ruas.” pic.twitter.com/f3J7JuQkuR
— Metrópoles (@Metropoles) September 28, 2021