
A Advocacia Geral da União (AGU) encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma notícia-crime para a realização de um estudo imediato sobre as medidas jurídicas cabíveis contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).
Em uma reunião entre o advogado-geral da União, Jorge Messias, e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foram discutidas as recentes declarações discriminatórias proferidas pelo deputado bolsonarista goiano.
Durante sua participação no programa “Três Irmãos Podcast”, Gayer fez afirmações ofensivas e discriminatórias contra africanos, incluindo a declaração de que “existem macacos com QI 90 enquanto na África o QI médio seria de 72”.
Tanto o advogado-geral da União quanto a ministra consideram tais declarações inadmissíveis em um contexto democrático que exige respeito a todos os cidadãos e um compromisso inequívoco com o princípio constitucional da igualdade racial no país. Além disso, as afirmações do deputado podem configurar crime de racismo.
A AGU e o Ministério da Igualdade Racial (MIR) anunciarão a medida a ser tomada assim que for concluída a análise jurídica do caso.
Na conversa gravada no podcast, o bolsonarista afirmou que “o Brasil está emburrecido”. Em seguida, um dos entrevistadores afirmou que o QI de um macaco é 90 e na África é 72. O parlamentar, então, respondeu: “Na África, quase todos os países são ditadores. A democracia não prospera na África”.
Veja alguns trechos com as falas de Gustavo Gayer:
IMPORTANTE: o deputado federal Gustavo Gayer afirmou em um podcast que os brasileiros e os africanos são burros; de pouca capacidade cognitiva e de baixo QI. No meio da conversa ele e os demais participantes ainda compararam o QI das pessoas com o de um macaco. Eu peço a ajuda de… pic.twitter.com/M6XdLl7kJ1
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) June 28, 2023
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