AGU quer identificar redes de fake news envolvidas no caso Marajó

Atualizado em 25 de fevereiro de 2024 às 12:22
Fachada do edificio sede da AGU (Advocacia Geral da União). Brasília, 30-07-2017. Foto: Sérgio Lima/PODER 360

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, anunciou no último sábado (24) que a instituição está empenhada em identificar e desarticular as “redes de desinformação” envolvidas na disseminação de notícias falsas sobre a situação das crianças na Ilha de Marajó, no Pará.

Esta medida surge em resposta à criação de uma “desordem informacional” provocada por essas redes, conforme destacado pelo ministro Messias. Ele ressaltou a importância de oferecer um tratamento digno à população marajoara por parte do poder público.

O esforço para identificar as redes de desinformação ocorre após o Ministério dos Direitos Humanos já ter emitido um alerta sobre as fake news, mencionando o Programa Cidadania Marajó, criado em maio de 2023 para combater a violência infantil, promover os direitos humanos e facilitar o acesso a políticas públicas.

De acordo com a AGU, o governo federal está determinado a investigar as denúncias sérias e desmantelar redes de tráfico humano e exploração sexual infantil em todo o país, enfatizando o compromisso com a proteção das crianças.

A propagação das fake news sobre Marajó ganhou destaque após a música “Evangelho de Fariseus”, da cantora gospel Aymeê, abordar problemas enfrentados na Amazônia, incluindo o Arquipélago do Marajó, e viralizar nas redes sociais.

Isso levou a uma repercussão significativa, com personalidades como Rafa Kalimann e Thaila Ayala comentando sobre o assunto no Instagram.

Além disso, a ex-ministra Damares Alves também se manifestou sobre a situação, declarando no Twitter: “‘O Marajó pede socorro.’ Tentei resolver durante minha gestão. Infelizmente, a priorização do combate à pandemia impediu um resultado melhor.”

No entanto, organizações como o Observatório do Marajó e a Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável (Cojovem) alegam que associar o arquipélago à exploração sexual infantil é uma estratégia adotada por grupos ausentes na região, com outros interesses.

Vale ressaltar que o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública contra Damares em 2023, devido a declarações falsas feitas pela ex-ministra durante um culto evangélico em Goiânia, em outubro de 2022, sobre supostos casos de exploração sexual infantil em Marajó.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link