Alckmin diz que “civis e militares” devem ser punidos pelo 8 de janeiro: “A lei é pra todos”

Atualizado em 10 de janeiro de 2024 às 8:47
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que havia um claro “movimento golpista” em 8 de janeiro do ano passado e que houve atuação “equivocada” de membros das Forças Armadas durante o governo Bolsonaro. Mesmo diante disso, ele afirmou que a democracia saiu fortalecida do episódio.

“As Forças Armadas jamais poderiam ter permitido [manifestantes] chegar[em] perto [dos quartéis]. Houve no governo passado uma visão equivocada, desvirtuada, induzida pela política, mas que também foi rapidamente rechaçada”, disse Alckmin à Folha de S.Paulo.

Ele também cobrou a punição de todos aqueles que participaram dos atos terroristas. “Não é possível punir só quem estava ali dentro. Quem incitou tudo isso? Quem estimulou? Quem distribuiu fake news? Quem financiou? Pode ser civil, pode ser militar, servidor público, privado, não importa”, ressaltou.

“A lógica da República é que a lei é para todos. Aliás, digo mais: quanto maior a responsabilidade, a autoridade, o poder, maior deve ser o cumprimento da lei.”

Bolsonaristas invadem prédio do Congresso, em Brasília – Foto: Reprodução

Alckmin ainda comentou sobre os ataques às urnas eletrônicas. “É um atentado à democracia, uma coisa gravíssima. Não é só a depredação de patrimônio público, destruição de prédios, de móveis, é muito mais do que isso. É você atentar contra a Constituição brasileira”, afirmou.

“O patriota é quem defende a Constituição, a lei, a democracia, o resultado da eleição. Quem fez isso é golpista, é crime. É interessante, porque o [ex-]presidente [Jair] Bolsonaro foi eleito pela urna eletrônica. Um filho foi eleito vereador com a urna eletrônica. O outro filho foi eleito deputado federal com a urna eletrônica. O outro filho foi eleito senador com a urna eletrônica. É inacreditável.”

O vice-presidente ainda disse que Bolsonaro não tem “nenhum apreço pela democracia”. “Eu não tenho dúvida de que ele não tem nenhum apreço pela democracia. Isso é nítido e claríssimo”, destacou Alckmin.

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