O ex-deputado Floriano Pesaro, um dos principais aliados, tomou café com Geraldo Alckmin nesta quarta, 11.
Em seguida, reuniu-se com Daniel Annenberg, outro desafeto de João Doria e próximo de Alckmin, e membros do diretório do PSDB de São Paulo.
O que Floriano contou é mais do que uma ducha de água fria na militância tucana. Esfriou o namoro de Geraldo, que está de saída do PSDB, com o PSD de Gilberto Kassab. Ele agora está de namoro forte com o PSL, ex-partido de Bolsonaro.
Entusiastas da articulação enxergam um casamento perfeito entre o fundo eleitoral do PSL e o recall do ex-governador.
Geraldo Alckmin
Além de Alckmin, o presidente do diretório paulista do PSL, Júnior Bozzella, tenta atrair o MBL para a sigla.
O vereador paulistano, Rubinho Nunes, ex-Patriota, já está filiado, e agora o partido tenta atrair também o vereador Fernando Holiday (DEM) e o deputado estadual Arthur Mamãe Falei, atualmente no Patriota.
Bozzella, que expulsou do PSL os bolsonaristas Gil Diniz, Douglas Garcia e Valéria Bolsonaro, sonha com uma chapa com Geraldo e Arthur Mamãe Falei de vice.
Além de bom tempo de TV, o fundo eleitoral do PSL para 2022 vai passar da casa dos R$ 200 milhões.
A afinidade de Geraldo com o PSL vai além da ideologia de direita.
O ex-governador nunca escondeu sua admiração por Janaína Paschoal, que vendeu ao PSDB a peça jurídica que resultou no golpe contra Dilma.
Ele também é amigo pessoal de Frederico Braun d’Avila, deputado de extrema-direita que defende na Alesp o fim da Ouvidoria da Polícia na Secretaria da Segurança Pública do Estado.
O irmão de Frederico, Felipe d’Avila foi coordenador do programa de governo de Alckmin na fracassada campanha presidencial de 2018.
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