Acusado de disseminar fake news, Allan dos Santos foi patrocinado por Luciano Hang. A conversa entre o empresário e o jornalista começou por intermédio do deputado Eduardo Bolsonaro. O Jornal Nacional obteve documentos recebidos pela CPI da Pandemia.
A comissão apurou que empresários e políticos utilizaram de sites para disseminar mentiras. Esse grupo é conhecido por ter formado o “gabinete do ódio”. O único objetivo é destruir seus inimigos.
Para a CPI, tudo começou antes da pandemia, mas ficou mais forte para propagar informações falsas sobre o coronavírus. E a comissão diz que Eduardo trabalhou firme para conquistar financiadores para o grupo.
Em janeiro, Eduardo e Allan conversaram sobre Luciano Hang, segundo a Polícia Federal. “Preciso que você me coloque em contato com o Luciano Hang”, disse o jornalista.
O deputado enviou o número do telefone e indagou: “Quer que eu fale algo a ele para te introduzir?”. “É melhor”, respondeu Santos.
Quase duas horas depois, Eduardo informou o seguinte: “Mandei mensagem para o Hang; Assim que ele me responder te passo”. Allan apenas concordou.
Tempos depois, o deputado voltou a falar: “Ele disse que você pode entrar em contato com ele. Falei que você é o nosso cara da imprensa para um projeto que desenvolvemos aqui nesta semana de aulas com o Olavo [de Carvalho]”.
No dia seguinte, Allan enviou outra mensagem: “Sobre o Hang, quando ele voltar da Europa, falarei com ele”. “Beleza. Falei no macro com o Hang”, destacou Bolsonaro.
Quatro meses depois, Allan dos Santos confirma que empresário vai financiar um projeto dele. “Luciano Hang tá dentro. Patrocínio para o programa”.
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Allan dos Santos e Luciano Hang
Allan dos Santos conversou com Luciano. O empresário respondeu o jornalista: “Eduardo Bolsonaro me falou que conversou contigo”.
Hang foi convocado pela CPI da Pandemia. Ele prestará depoimento na próxima quarta (29). Para comissão, o jornalista bolsonarista é um dos principais responsáveis pela disseminação de fake news sobre a pandemia.
“O que nós concluímos e identificamos na Comissão Parlamentar de Inquérito é a existência de uma verdadeira organização criminosa de fake news que teve papel determinante no agravamento da pandemia. Veja, essa organização criminosa começa a se articular e se constituir a partir de 2019, e, na pandemia, para reforçar o discurso negacionista do presidente da República e do seu governo”, declarou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-preisdente da CPI, para a TV Globo.