O Alto do Comando do Exército, em reunião nesta semana, concluiu que deve aguardar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva para preparar os trâmites necessários para a troca de seu comando.
A decisão ocorreu no último dia 30 de novembro, em reunião ordinária do colegiado, que reúne 16 generais.
De acordo com a apuração da Folha de S.Paulo, a antecipação pretendida pelos militares mais próximos do bolsonarismo teria potencial de esgarçar a relação das Forças Armadas com o novo governo.
A sugestão do Alto Comando é que a transição siga como de praxe, outorgando a Lula a responsabilidade pela nomeação dos futuros comandantes.
A ideia encontraria resistência principalmente na Aeronáutica: o comandante da Força Aérea Brasileira, o tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior é considerado o mais alinhado com Jair Bolsonaro entre os chefes das Forças Armadas e é o principal nome na defesa da antecipação da troca de comando.
A escolha de José Múcio Monteiro para o ministério da Defesa foi bem recebida pelos militares e é um dos facilitadores para que não haja qualquer ato que possa ser considerado como insubordinação contra a futura gestão.