Analistas explicam por que Datafolha não deve mudar após atos no 7 de Setembro

Atualizado em 9 de setembro de 2022 às 12:34
Bolsonaro no meio do público na Avenida Atlântica, em Copacabana – Foto: Hermes de Paula

A nova pesquisa Datafolha será divulgada na noite desta sexta-feira (09). Em conversa com o Estadão, cientistas políticos explicaram por que o cenário do levantamento não deve mudar após os atos bolsonaristas no 7 de Setembro.

Alguns dos entrevistados divergem quanto à possibilidade de os comícios feitos pelo presidente na quarta-feira (7), em Brasília e no Rio de Janeiro, causarem alguma oscilação na intenção de voto. No entanto, eles acreditam que Bolsonaro focou em um eleitorado já “convertido”.

Rodrigo Prando, cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, acredita não deve haver “variação substancial”. Ele aposta em uma “tendência de estabilidade”.

“Se houver uma variação, seria bem menos por conta dos atos e muito mais por algum elemento ligado à economia como, por exemplo, a questão do Auxílio Brasil impactando positivamente a avaliação do governo”, avalia. “Há uma relação muito direta entre aprovação e reprovação e o índice de votos que as pessoas pretendem dar ao governante”.

A cientista política Graziella Testa, da FGV-SP, afirma que seria uma “surpresa” se houvesse uma descontinuidade no cenário de estabilidade em razão dos atos, “sobretudo porque não houve um movimento do Jair Bolsonaro de buscar um eleitorado que não é o dele”.

Já o professor da FGV-SP Marco Antonio Carvalho Teixeira acredita que o 7 de setembro teve “um potencial enorme para provocar oscilações até fora da margem de erro” na pesquisa, pois foi marcado por “situações inusitadas”.

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