André Mendonça, indicado de Bolsonaro ao STF, defendeu urna eletrônica em 2020

Atualizado em 4 de agosto de 2021 às 21:07
André Mendonça, chefe da AGU | Carolina Antunes/PR

O indicado de Bolsonaro para o STF (Supremo Tribunal Eleitoral) defendeu as urnas eletrônicas em 2020. André Mendonça, então ministro da Justiça, falou sobre a tentativa de invasão hacker ao sistema do TSE. Ele foi claro em afirmar que não houve risco às eleições.

Na ocasião, Mendonça foi taxativo. “Não foi apontada nenhum relação com a invasão dos sistemas do STJ até o momento. A gente logicamente não pode descartar eventual possibilidade. Mas nenhum indicativo nesse sentido”, afirmou. “Nada também que indique qualquer quebra da lisura do processo eleitoral”.

O caso se refere a uma das muitas tentativas de invasão contra as urnas eletrônicas, uma delas citadas hoje por Bolsonaro. Mas o Tribunal já mostrou mais de uma vez que não é possível invadir as urnas e, portanto, as eleições são seguras.

Leia também

Horas após pipocar para o TSE, Bolsonaro volta a criar fake news contra urnas eletrônicas

Gestapo: Randolfe compara PF de Bolsonaro à polícia de Hitler

André Mendonça e Bolsonaro

Enquanto faz uma via-crúcis na busca por votos para virar ministro do STF, André Mendonça pensava diferente do chefe. Tanto que ele foi muito enfático ao dizer que a lisura do sistema eleitoral foi mantida durante os ataques.

Bolsonaro vem atacando o processo eleitoral no Brasil e, por causa disso, virou investigado no STF hoje. Mesmo assim, ele já ameaçou o ministro Alexandre de Moraes, dobrando a aposta.