Antipetista doente e ‘pensador’ medíocre, Pondé substitui o cadáver de Olavo como guru bolsonarista

Atualizado em 12 de janeiro de 2024 às 10:08
Luiz Felipe Pondé

Desde a morte do saudoso Olavo de Carvalho em janeiro de 2022, os bolsonaristas estavam órfãos de um guru. Não estão mais.

A ausência foi preenchida por Luiz Felipe Pondé, filósofo, escritor, colunista da Folha, comentarista da TV Cultura, palestrante e energúmeno militante.

Pondé tem um assunto de “estudo”: o PT. Esse é o objeto de sua obsessão calculada para ganhar likes e engajamento na extrema-direita.

O governo do PT é inimigo dos judeus”, escreveu ele no X depois que o Lula decidiu subscrever a denúncia por genocídio contra o Estado de Israel, na Corte Internacional de Justiça, em Haia. Cinquenta e sete países apoiam a medida.

Lula acaba de apoiar a acusação de Israel estar cometendo genocídio. Quem sabe agora, afora os judeus idiotas antissemitas de plantão, que o PT, Lula e seus asseclas, nunca mais ganhe votos da comunidade judaica. Nem no município, nem no estado, nem nas eleições federais”.

Pondé nnão fala pelos judeus e “comunidade judaica” é uma abstração monolítica que só existe naquela cabeça careca. Mas o que importa é causar.

Filho de militar católico e de mãe judia, ele disse à Folha em 2007 que teve “uma aproximação muito maior com a ‘coisa israelense’ do que com a ‘coisa judaica'”.

“Quando fiquei adolescente, entrei no movimento jovem sionista. Morei num kibutz, onde conheci minha mulher. O fato de ter casado com uma judia é que acabou determinando um certo cotidiano judaico. Mas não por conta de família”, afirmou.

O “pensamento vivo” do herdeiro de Olavo cheira mal como o cadáver do velho fascista, seu pai espiritual.

Pondé, como Olavo, representa a vulgarização da figura do filósofo, com sua escolha oportunista pela indigência mental feita para agradar gente burra que se impressiona com uma citação de Nietzsche.

Ele vai ao Pânico, da Jovem Pan, ele bate na Venezuela, ele ataca o STF, ele diz que o Brasil é uma “ditadura”, ele é contra o “politicamente correto” etc. O pacote completo do perfeito animal bolsonarista.

Se Olavo tinha o inseparável cigarro, Pondé tem o charuto fálico. A barba hirsuta e malcheirosa compõe a figura “moderna”, “jovem”, “iconoclasta”. Ele sofre por saber que é feio, mas acha que fica irresistível para as mulheres com seu tipo intelectual selvagem.

Em 2019, Olavo de Carvalho chamou Pondé de “mentiroso, difamador barato, sem valor, um coitado e um zero à esquerda intelectualmente”. Olavo tinha razão.