Após ação contra Ramagem, Valdemar diz que PL é perseguido e quer cassação de Moraes

Atualizado em 25 de janeiro de 2024 às 11:12
Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal. Foto: Alex Silva/Estadão

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, alega que a ação da Polícia Federal desta quinta-feira (25) contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) representa perseguição ao partido devido à associação com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Isso está evidente, a perseguição que estão direcionando ao PL devido a Bolsonaro. Isso é uma perseguição”, afirmou Valdemar nesta quinta-feira (25) ao G1.

Ramagem é alvo da operação Vigilância Aproximada, que investiga o suposto uso ilegal da ferramenta de espionagem FirstMile pela Abin. A suspeita é que, durante o governo Bolsonaro, a agência – sob a liderança de Ramagem, amigo próximo da família Bolsonaro – tenha utilizado o software para monitorar, ilegalmente, autoridades públicas e cidadãos comuns.

Ramagem é o segundo deputado federal do PL a ser alvo de operação da PF em uma semana.

Na quinta-feira passada, 18 de janeiro, a corporação realizou buscas na Câmara dos Deputados contra o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), em uma investigação sobre os atos antidemocráticos. Tanto a operação contra Ramagem quanto a contra Jordy foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Bolsonaro e Alexandre Ramagem. Foto: reprodução

“Esse hábito de ingressar nos gabinetes demonstra uma falta de autoridade do Congresso Nacional. O presidente do Congresso Nacional [Rodrigo Pacheco] não reage”, disse Valdemar.

“O presidente do Congresso Nacional deveria ter a coragem de promover o impeachment do Alexandre de Moraes, de afastá-lo do Supremo, porque é uma vergonha o que ele está fazendo com nossos deputados e outros parlamentares também.”

Questionado se a operação frustra os planos de lançar Ramagem como candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, Valdemar nega. “Isso é pura perseguição. E pode acabar facilitando a eleição de Ramagem no Rio de Janeiro.”

Aliados de Bolsonaro temem que Heleno seja o próximo alvo.

A operação desta quinta-feira (25) levantou a suspeita, entre aliados de Bolsonaro, de que o próximo alvo das investigações seja o general Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o mandato do ex-presidente. A Abin, de Ramagem, era subordinada ao GSI, de Heleno.

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