Andreza Matais, editora-executiva do Estadão, que divulgou nas redes sociais o salário do jornalista George Marques, assessor da Secretaria de Comunicação do governo federal (Secom), depois que ele desmascarou uma mentira disseminada pelo jornal, desativou sua conta no X, antigo Twitter.
Andreza postou o valor do salário dele, de 11.306,90, numa espécie de ameaça velada do tipo “de onde veio isso tem mais”. Ou para mostrar que o dela é mais alto. Marques é servidor público e seu salário também. Mas a maldade irresponsável é visível.
Ele havia publicado uma nota em suas redes desmentindo o Estadão sobre um empréstimo de US$ 1 bilhão do Banco de Desenvolvimento da América Latina, CAF, à Argentina por suposta ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A reportagem diz que Lula teria atuado para facilitar esse empréstimo da CAF à Argentina, auxiliando assim o país em sua renegociação de dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Tal ação teria como objetivo favorecer o candidato peronista Sergio Massa nas próximas eleições argentinas, marcadas para o dia 22, contra o fascista Javier Milei.
Além disso, Simone Tebet, a ministra do Planejamento, refutou as alegações de que Lula teria influenciado na decisão da CAF em aprovar um empréstimo para a Argentina. Em declaração à CNN, Tebet afirmou: “Lula não entrou em contato comigo sobre isso”.
Ela também destacou que, após consulta à sua secretária responsável por tais assuntos, foi informada de que outros países também apoiariam o empréstimo. A secretária em questão é Renata Amaral, encarregada de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento do ministério.
“Veja os casos em que Simone Tebet recuou de declarações”, diz o título da “reportagem” sem assinatura. “Ministra do Planejamento costuma negar notícias de bastidores, na tentativa de proteger o governo”.
“A atuação de Simone Tebet na aprovação de empréstimo para a Argentina pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), sob orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi negada pela ministra do Planejamento. Esta não é a primeira vez que Tebet tenta desmentir notícias que podem colocar o governo em situação desconfortável. A escolha do presidente do IBGE e a promessa de déficit zero estão entre os temas que mostram idas e vindas da ministra”, afirma o texto.