Após recorde com Bolsonaro, Lula tenta desmilitarizar Planalto

Atualizado em 19 de janeiro de 2023 às 7:20
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva – Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Desde que chegou ao poder, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem tentando reduzir o número de militares que estão trabalhando na Presidência da República após recorde deixado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com dados oficiais do Ministério da Fazenda, o ex-presidente chegou ao fim do seu mandato com um elevado contingente de integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em sua equipe.

Os dados também destacam que estavam requisitados e cedidos à Presidência 1.231 membros da ativa das Forças Armadas, contra 1.026 em novembro de 2018, no final da gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB), um aumento de 20%.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, o número de militares da ativa na reta final do governo Bolsonaro supera o de todos seus antecessores: Dilma Rousseff (943), Lula 1 (569) e 2 (818) e o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (648).

Os dados, no entanto, não incluem militares da reserva que o ex-presidente também distribuiu em vários postos e cargos de seu governo, o que também inclui a chefia de ministérios, a exemplo dos generais Augusto Heleno, Luiz Eduardo Ramos e Braga Netto.

Vale destacar que nesta quarta-feira (17), Lula exonerou mais 13 militares do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), um dia depois de ter dispensado 40 militares que trabalhavam no Palácio da Alvorada. As decisões foram publicadas no DOU (Diário Oficial da União).

O presidente petista também vem dizendo, desde os atos terroristas promovidos por bolsonaristas em 8 de janeiro, que “nenhum dos órgãos de inteligência foi capaz de alertá-lo sobre os ataques” e que “qualquer militar que participou dos atos golpistas será punido”.

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