Após Tarcísio dizer que não está nem aí, PM mata mais 1 e total chega a 40; policial é baleado

Atualizado em 10 de março de 2024 às 23:30
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A quantidade de vítimas fatais na ação da Polícia Militar na Baixada Santista (litoral de São Paulo) aumentou para 40 após um indivíduo de 47 anos ser alvejado neste sábado (9), durante a Operação Verão.

Agentes da polícia realizavam rondas no morro José Menino, em Santos, no início da tarde de sábado, quando teriam sido recebidos com disparos. Um dos policiais foi atingido por tiros e levado para a Santa Casa de Santos. Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde do agente.

Durante as buscas pelo autor dos tiros, os policiais entraram em confronto com um homem de 47 anos. Conforme informações da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), ele disparou contra os policiais ao notar a sua aproximação. O suspeito foi alvejado pelos policiais e faleceu no local. Com ele, foram encontrados um revólver calibre 38 e dois telefones celulares.

Operação policial no litoral paulista. Foto: Reprodução

Esta é a intervenção mais fatal das forças de segurança desde o massacre do Carandiru. Denúncias encaminhadas ao Ministério Público relatam casos de tortura, homicídios e manipulação de cenas de crime durante as operações da Polícia Militar.

De acordo com um levantamento da Ouvidoria da Polícia, pelo menos 27 das 39 pessoas mortas pela PM na Baixada Santista em fevereiro eram negras.

O governador de São Paulo foi acusado, na sexta-feira (8), no Conselho de Direitos Humanos da ONU, por violações de direitos básicos e a alta letalidade policial. A denúncia foi apresentada pela Conectas Direitos Humanos e pela Comissão Arns.

Estas organizações também demandam o uso de câmeras corporais pelos policiais, além de investigações e punições para os responsáveis por abusos durante as operações. Ao ser questionado sobre a denúncia no Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio respondeu de forma irônica e afirmou “não estar nem aí”.

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