Após Trump intensificar hostilidade, Biden pretende rever sanções impostas a Cuba

Atualizado em 4 de fevereiro de 2021 às 19:35

Publicado originalmente no Diálogos do Sul

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki – Foto: Reprodução

O governo de Joe Biden pretende rever a política dos Estados Unidos em relação a Cuba, anunciou a Casa Branca, após quatro anos em que o ex-presidente Donald Trump intensificou a hostilidade e o bloqueio à ilha.

De acordo com a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, eles irão, em breve, rever as políticas do governo Trump em relação à nação caribenha.

Desde o início de seu mandato, em janeiro de 2017, o magnata começou a implementar medidas inéditas contra Cuba, que se destacaram pela sistematicidade hostil e ultrapassaram a cifra de 240 atos.

Segundo declarações de autoridades cubanas, cada setor da ilha sofreu o impacto desta escalada de ataques, acentuada no contexto da pandemia Covid-19.

As 242 medidas, em sua maioria, intensificaram o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por Washington durante quase seis décadas, com o objetivo de sufocar o país caribenho, obstruindo as fontes de renda, dificultando as relações e criando uma situação de ingovernabilidade.

Além disso, as disposições proibiam viagens de cruzeiros, voos regulares e charter para todo o país, com exceção de Havana.

Também impossibilitaram o envio de remessas por meio das empresas cubanas Fincimex e American International Services, principais canais formais de realização de transações na ilha.

Da mesma forma, Cuba não pode importar produtos de nenhum país que contenha mais de 10% de componentes estadunidenses, enquanto o rum e o tabaco da ilha, os principais produtos exportáveis, estão proibidos de entrar no país do Norte.

Da mesma forma, são perseguidas as operações bancário-financeiras da maior das Antilhas e há 231 empresas inscritas na Lista de Entidades Cubanas Restritas do Departamento de Estado dos Estados Unidos.

As medidas contra navios, armadores e empresas ligadas ao transporte de combustíveis, providências contra altas lideranças, além da inclusão do país em listas arbitrárias e unilaterais, completam esse panorama traçado pelo presidente republicano.

Em 11 de janeiro, poucos dias após o término de seu mandato, o governo Trump emitiu uma nova medida unilateral, classificando Cuba como um suposto Estado patrocinador do terrorismo, decisão amplamente rejeitada ao nível internacional.

Redação Prensa Latina

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Tradução: João Baptista Pimentel Neto