Argentina registra menor número de eleitores na eleição presidencial dos últimos 40 anos

Atualizado em 22 de outubro de 2023 às 20:20
Eleitores argentinos foram às urnas neste domingo. Foto: EFE | Confidencial

O período para votação na Argentina se encerrou às 18h deste domingo (22), marcando a eleição geral de primeiro turno com a menor participação desde 1983, de acordo com a Direção Nacional Eleitoral.

Dos eleitores habilitados, apenas 74% compareceram às urnas, em comparação com os 80% registrados na eleição de 2019. No entanto, esse número foi ligeiramente superior aos 70% das “eleições primárias” realizadas em agosto. Essa votação acontece antes do primeiro turno e possui o intuito de utilizar o voto público para decidir quais candidatos devem concorrer em cada partido.

O pleito foi aguardado com grande expectativa, pois há a possibilidade de um segundo turno em 19 de novembro, embora ainda não esteja claro quem seriam os candidatos. Os resultados oficiais devem ser divulgados por volta das 22h.

Além da eleição presidencial, os argentinos também votaram para eleger metade da Câmara de Deputados, um terço do Senado e alguns governadores importantes, incluindo o da Província e o da cidade de Buenos Aires. O voto é obrigatório para cidadãos com idade entre 18 e 70 anos e opcional para aqueles com idades entre 16 e 18 anos.

Na disputa presidencial, o deputado ultraliberal Javier Milei, que venceu as primárias e liderava as pesquisas, tenta obter 45% dos votos válidos ou 40% com uma diferença de 10 pontos para vencer no primeiro turno. Ele representa uma rara terceira via na Argentina como líder do partido “A Liberdade Avança”.

Seus oponentes incluem Sergio Massa, ministro da Economia e chefe da coligação peronista União pela Pátria, e Patricia Bullrich, ex-presidente do partido de Mauricio Macri (PRO) da oposição republicana Juntos pela Mudança.

Sergio Massa, Patricia Bullrich e Javier Milei. Foto: Reprodução

A votação ocorreu de forma pacífica, sem grandes incidentes, em contraste com as eleições primárias de agosto, quando houve tumultos devido à introdução do voto eletrônico para candidatos à prefeitura de Buenos Aires.

Pequenos incidentes foram registrados durante a votação de Milei, com empurra-empurra, pessoas passando mal e confrontos com jornalistas. No entanto, a votação transcorreu relativamente tranquila.

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, aproveitou a votação para criticar o presidente Alberto Fernández e expressou a esperança de um país mais sensato, com consenso e diálogo após os resultados.

A eleição acontece em meio a uma profunda incerteza, já que o país enfrenta uma crise econômica, e os argentinos estão ansiosos para ver como a situação financeira se desdobrará após o pleito.

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