“Armação” e falta de piedade: a visão de ministros do STF sobre o áudio de Cid

Atualizado em 22 de março de 2024 às 20:18
Tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Divulgação

No áudio vazado pela Veja, um diálogo  entre o tenente-coronel Mauro Cid e um amigo, foram reveladas críticas do militar à PF e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Os magistrados da Corte interpretaram o material divulgado como uma possível tentativa de “armação” por parte de bolsonaristas, visando desacreditar as investigações em curso. Com informações de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

As gravações mostram Cid discutindo o acordo de delação premiada estabelecido com a PF, expressando descontentamento com o que descreve como uma narrativa predefinida pelos investigadores. Ele alega que estes não estavam interessados na verdade, mas sim em confirmar a versão que já possuíam.

Além disso, o ex-ajudante de ordens ainda fez comentários sobre Moraes, sugerindo que ele detém poder absoluto ao decidir sobre prisões e solturas.

Ministro do STF, Alexandre de Moraes. Foto: Divulgação

A duração prolongada da conversa, que ultrapassou uma hora, levanta suspeitas sobre quem seria o seu interlocutor, indicando a possibilidade de ser alguém ligado à sua antiga gestão militar. Isso alimenta a desconfiança de que bolsonaristas estariam tentando sabotar o inquérito relacionado diretamente ao presidente Jair Bolsonaro.

Para os magistrados, a abordagem de Cid por parte desses indivíduos sugere falta de consideração, especialmente considerando sua escolha pela delação premiada para evitar a prisão, uma decisão que agora está sendo posta em xeque.

Após a divulgação dos áudios, Alexandre de Moraes ordenou novamente a prisão de Cid, em uma reviravolta significativa no caso.

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