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As vacinas permitiram que gente como Olavo de Carvalho vivesse mais para poder mentir sobre elas

Campanha da Secom dizendo que vacinas não são obrigatórias

O debate sobre a obrigatoriedade da vacina, suscitado por Bolsonaro, prova que não podemos ser imunizados contra a estupidez e a desonestidade.

A extrema-direita inoculou na cabeça de milhões de imbecis que as vacinas são perigosas.

Um mentecapto seguidor do presidente chegou a dizer que elas contêm pedaços de fetos. Sim, você leu direito.

As vacinas funcionam tão bem que esquecemos o que eram as doenças que elas curaram porque, simplesmente, não as conhecemos mais.

Polio, sarampo, cólera etc são uma memória distante.

A maioria de nós vive mais de 80 anos, hoje, não por causa de pilates, iogurte e maconha medicinal.

É por causa das vacinas.

Não há mais hospitais repletos de crianças moribundas, como no passado.

No entanto, há um bando de idiotas irresponsáveis que querem trazer esse pesadelo de volta.

Os canalhas que advogam o direito do cidadão decidir se quer ou não ser vacinado, como Eduardo Bolsonaro, esquecem que vivemos em sociedade.

Se meu vizinho, que não quer se vacinar contra o coronavírus, pega a doença, ele representa um risco para meu filho, minha mulher, o caixa da padaria — e assim por diante.

Quando um número suficiente de pessoas é vacinado, o “rebanho” maior compartilha a imunidade — que pode ser comprometida quando poucos membros saudáveis ​​recebem a dose.

Nos EUA, 19 estados admitem que estudantes não sejam vacinados sem apresentar justificativa médica ou religiosa. Todos de maioria de eleitores de Trump.

Isso é o obscurantismo que o Brasil macaqueia.

Somos uma espécie propensa à idiotice suicida.

As vacinas se tornaram vítimas de gente como Olavo de Carvalho, que vive mais para poder espalhar mais mentiras e fraudes.

“Dentro das vacinas está colocado um agente esterilizante”, disse ele.

Em 2008, atacou uma campanha contra a rubéola.

“Essa vacina, ao que tudo indica, tal como aconteceu em outros países, tem dentro uma substância esterilizante. Isso é uma campanha de esterilização em massa”, falou (ouça abaixo).

Gerações de pais viram filhos morrerem por doenças hoje controladas. Seus descendentes querem a morte de volta.

Kiko Nogueira

Diretor do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

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Kiko Nogueira

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