Assassino disse que miliciano se infiltrou no PSOL para monitorar Marielle

Atualizado em 24 de março de 2024 às 17:28
Marielle Franco. Foto: Reprodução

Durante as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF), que resultaram na prisão dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão pela morte de Marielle Franco, uma descoberta intrigante veio à tona. De acordo com a delação de Ronnie Lessa, autor dos disparos na vereadora, um membro da milícia de Rio das Pedras ligado ao Escritório do Crime se filiou ao PSOL, partido da vereadora a mando dos Brazão um ano antes do crime acontecer.

Segundo informações apuradas por Andreia Sadi, o miliciano Laerte da Silva de Lima tinha a responsabilidade de coletar informações sobre a parlamentar.

Conforme relato de Lessa, dentro do PSOL, Laerte teria ouvido Marielle advertindo moradores contra a adesão a novos loteamentos em áreas controladas pela milícia. A delação ainda menciona uma recompensa oferecida a Lessa: o comando de uma milícia em terras da família Brazão.

Laerte é investigado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco. — Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo a delação, o então chefe da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, teria ordenado que a morte de Marielle não ocorresse perto ou dentro da Câmara Municipal, para evitar que o crime assumisse uma conotação política e pressionasse as forças policiais por uma resposta eficaz. O delegado também foi preso pela PF neste domingo (24) sob acusação de dificultar as investigações.

Laerte foi preso em 2019 durante a Operação Os Intocáveis, sendo descrito como um dos braços armados da milícia. Antes de ser alvo de investigação e detenção, ele já tinha registros criminais por posse ilegal de arma de fogo.

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