Publicado no Tijolaço
POR FERNANDO BRITO
Não havia, ontem, razões visíveis para que Jair Bolsonaro mantivesse como “imexível” seu Ministro do Turismo depois que este foi indiciado pela Polícia Federal e denunciado pelo Ministério Público por desvio de verbas eleitorais na eleições passadas.
Marcelo Álvaro Antonio não era, afinal, figura de proa na política e menos ainda no bolsonarismo militante.
Por muito menos, aliás, Bolsonaro porta-se com desprezo em relação a figuras com muito mais poder e potencial eleitoral, como o já defenestrado Alexandre Frota e a ambiciosa Joice Hasselmann.
A manchete da Folha de hoje mostra que há possibilidades de que as razões de sua permanência sejam, talvez, invisíveis a quem não conhece os intestinos das finanças da campanha bolsonariana que, aliás, já custaram o ministério da Gustavo Bebianno.
O depoimento de um assessor – negado após a chegada de uma “força tarefa” advocatícia e uma planilha apreendida pela PF seriam, segundo informa a Folha, os traços de ligação que conduziriam o laranjal do Ministro a uma “rachadinha” de recursos com a campanha do próprio presidente.
Rachadinha não é fruta propriamente estranha no pomar bolsonarista, não é?
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