Assista os VÍDEOS de Bolsonaro imitando pacientes com falta de ar

Atualizado em 23 de agosto de 2022 às 7:25
Bolsonaro imita pessoa com falta de ar. Foto: Reprodução

Em entrevista concedida por Jair Bolsonaro ao Jornal Nacional, nesta segunda-feira (22), o presidente negou ter imitado pessoas sem ar durante a pandemia de Covid-19. A conversa foi conduzida pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos.

Na sabatina, Renata afirmou que Bolsonaro imitou pacientes com falta de ar nos “momentos mais dramáticos” da pandemia e que “muitos viram isso como um sinal de falta de compaixão”. Questionado se tinha arrependimentos em relação a esse comportamento, Bolsonaro tergiversou e tentou lançar dúvida sobre os fatos.

No entanto, Bolsonaro fez as imitações em duas ocasiões, ambas em 2021, durante a live de 18 de maio e na live de 6 maio. Nos dois casos, ele criticou o ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta.

A sabatina alavancou as buscas no Google por termos ligados aos episódios em que o presidente imitou um paciente de Covid-19 com falta de ar, no ano passado.

De acordo com a plataforma Google Trends, houve “aumento repentino” da procura dos internautas pelos termos: “Bolsonaro imita falta de ar”, “Bolsonaro imitando paciente com falta de ar”, “Bolsonaro imita falta de ar vídeo”, “Bolsonaro debocha falta de ar”, entre outros. O interesse pelo tema entre 18h e 22h chegou a ser 4.700% maior que o volume em períodos anteriores.

Busca por “falta de ar” explode no Google após entrevista de Bolsonaro no Jornal Nacional

Horas depois de conceder entrevista ao Jornal Nacional, ao ver a repercussão de seu deboche de quem estava morrendo, Bolsonaro usou seu perfil no Twitter para falar da simulação de falta de ar. Ele escreveu que, à época, em 2021, estava “denunciando o ‘Protocolo Mandetta’, que só recomendava ir ao hospital após sentir falta de ar”. O presidente afirmou também que sempre defendeu “essas pessoas”.

“Na ocasião em que Renata diz que sumilei falta de ar por deboche, eu estava DENUNCIANDO o “Protocolo Mandetta”, que só recomendava ir ao hospital após sentir falta de ar”, disse. “Foi justamente o contrário: EU DEFENDI ESSAS PESSOAS. Quem mandou ficar em casa é que desprezou suas vidas!”.

“Sempre defendi que os médicos tivessem autonomia para tratar seus pacientes, bem como que as pessoas procurassem um profissional de forma precoce, assim como é recomendado ao sentir qualquer sintoma de qualquer doença, quando as chances de recuperação são maiores”, finalizou.