De acordo com o Hamas, pelo menos 70 pessoas perderam a vida e dezenas ficaram feridas na noite do último domingo (24) devido a um ataque aéreo israelense ao campo de refugiados de Al Maghazi, no centro da Faixa de Gaza.
As forças militares israelenses afirmaram à agência de notícias AFP que estão “investigando o incidente”. O porta-voz do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, Ashraf al Qudra, informou: “Trata-se de um novo massacre cometido pelo exército de ocupação israelense no campo de Al Maghazi, onde bombardearam quatro casas de famílias muçulmanas.”
O Ministério da Saúde comunicou que o sistema de saúde no sul do enclave palestino, onde Israel concentra a ofensiva, “está em colapso”, enquanto na metade norte não há mais hospitais em funcionamento.
Al Qudra acusou as tropas israelenses de bombardearem a estrada principal que conecta vários campos de refugiados na zona central do enclave “para dificultar o acesso de ambulâncias e da defesa civil”.
Sobre o ataque a Maghazi, fontes médicas do Hospital dos Mártires de Al Aqsa relataram que alguns corpos chegaram fragmentados à unidade de saúde, devido à artilharia e aos bombardeios que atingiram várias casas.
O hospital ainda informou que recebeu dezenas de mortos e feridos em ataques aos campos de refugiados de Bureij e Nuseirat, também no centro do enclave, onde as tropas israelenses ordenaram o esvaziamento na última sexta (22) e forçaram o deslocamento de milhares de pessoas sob bombardeios.
Os bombardeios perduraram durante a madrugada de domingo (25) e, no total, 130 pessoas perderam a vida somando todos os ataques. Desde a intensificação dos conflitos, em 7 de outubro, mais de 20 mil palestinos perderam a vida.