Aos poucos a história do vídeo pró-golpe distribuído por Bolsonaro vai adquirindo os contornos de mais um escândalo.
Em qualquer país civilizado — o que não se aplica ao Brasil —, o caso ensejaria um pedido oficial de desculpas e o devido processo legal.
O material apócrifo apresenta um sujeito dizendo que “era, sim, um tempo de medo e ameaças”.
“Ameaças daquilo que os comunistas faziam onde era imposto sem exceção. Prendiam e matavam seus próprios compatriotas”, completa.
O ator Paulo Amaral, figura conhecida de propagandas na TV, disse ao Globo que “não tinha ideia” da finalidade de seu trabalho.
Não revelou o contratante. Contou que foi procurado no último sábado, dia 30, para “fazer um comercial, ler um texto”.
Não fazia ideia de que “iria dar esse problema que deu”.
“Não tinha nenhuma ideia. Só gravei”, afirma Amaral.
Hitchcock dizia que atores eram gado, mas a turma de Bolsonaro não precisava exagerar.
A coisa foi enviada no domingo, 31 de março, pelo WhatsApp da assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.
O governo afirmou que “não irá comentar” e que a gravação foi apenas repassada por meio do aplicativo.
Então tá.
Questionado, o general Mourão jogou a batata no colo do chefe e alegou que “decisão do presidente a gente não discute”.
Em breve saberemos quem contratou Amaral e o caminho da grana que pagou por esse lixo apologético do regime militar.
Foi com dinheiro público?
Jogando parado, Mourão vê a presidência cair em seu colo.
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