ÁUDIO: “Quem mais se fod** fui eu”, reclama Cid ao comentar sua delação

Atualizado em 21 de março de 2024 às 22:15
Mauro Cid falando com expressão assustada
Mauro Cid desabafou após prestar depoimento – Reprodução/Agência Brasil

Em áudio divulgado nesta quinta-feira (21), o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, alegou que ele foi quem mais saiu prejudicado depois que fechou um acordo de colaboração premiada e prestou depoimentos à Polícia Federal.

“Quem mais se fodeu fui eu. Quem mais perdeu coisa fui eu. O único que teve pai, filha, esposa envolvido, o único que perdeu a carreira, o único que perdeu a vida financeira fui eu”, reclamou.

Na gravação compartilhada pela revista Veja, o militar se mostra magoado e faz menção a Bolsonaro: “Ninguém perdeu carreira, ninguém perdeu vida financeira como eu perdi. Todo mundo já era quatro estrelas, já tinha atingido o topo, né? O presidente teve Pix de milhões, ficou milionário, né?”.

O áudio foi gravado na semana passada, depois que Mauro Cid prestou depoimento à PF, na última segunda-feira (11). Em conversa com um amigo, ele desabafou dizendo que foi pressionado nas quase nove horas em que foi ouvido pelas autoridades.

“Eles estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade, eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles. Entendeu? É isso que eles queriam. E todas as vezes eles falavam: ‘Ó, mas a sua colaboração. Ó, a sua colaboração está muito boa’”, descreveu.

Cid alegou: “Ele (o delegado) até falou: ‘Vacina, por exemplo, você vai ser indiciado por nove negócios de vacina, nove tentativas de falsificação de vacina. Vai ser indiciado por associação criminosa e mais um termo lá’. Ele falou assim: ‘Só essa brincadeira são trinta anos para você'”.

De acordo com o relato do tenente-coronel, os delegados encarregados do caso só registravam as informações que batiam com a “narrativa” criada: “Eu vou dizer o que eu senti: já estão com a narrativa pronta deles, é só fechar, e eles querem o máximo possível de gente para confirmar a narrativa deles. É isso que eles querem”.

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