Auxiliar de Torres diz que Senado, PM e STF sabiam do risco dos ataques do dia 8

Atualizado em 5 de fevereiro de 2023 às 14:29
Vidro de prédio público quebrado
Manifestantes bolsonaristas depredaram as sedes dos Três Poderes – Foto: Fábio Rodrigues/Agência Brasil

Marília Ferreira Alencar, ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF, disse à Polícia Federal que as Polícias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiros, o Supremo Tribunal Federal, o Senado e outros órgãos ligados à segurança sabiam sobre os planos dos manifestantes bolsonaristas que vandalizaram as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília.

Segundo ela, que foi chamada para o cargo por Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, que encontra-se detido na capital federal, forças de segurança de diversos órgãos participavam de um grupo de WhatsApp em que eram divulgadas as informações sobre as intenções dos golpistas, que não aceitaram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro de 2022.

“Na noite de sexta-feira (6), por volta de 22h, chegou uma informação no grupo de WhatsApp denominado ‘perímetros segurança’ que havia chegado em Brasília cerca de 43 ônibus fretados com o total de 1.622 passageiros para a manifestação que ocorreria no dia 08 de janeiro”, disse Marília, em trecho de depoimento divulgado pelo G1.

Entre os membros do grupo citado, também estavam representantes do Detran, do DER e do Ministério de Relações Exteriores (MRE). No mesmo depoimento, Marília, que é delegada da PF, disse que as manifestações eram de conhecimento público desde o dia 5 de janeiro e teve o celular apreendido para perícia.

A ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF ainda afirmou que um relatório de inteligência reuniu dados sobre “possíveis invasões de ocupação de prédio público, bloqueio de refinaria e distribuidoras de combustíveis e possivelmente uma greve geral no dia 9 de janeiro”.

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