Bancada evangélica ataca Lula e critica apoio do Brasil à ação que acusa Israel de genocídio

Atualizado em 12 de janeiro de 2024 às 23:36
Lula em frente a notebook com roupa branca e expressão séria
Lula em foto compartilhada no Instagram – Reprodução

As Frentes Parlamentares Evangélicas do Congresso Nacional e do Senado Federal divulgaram uma nota conjunta nesta sexta-feira (12), criticando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por suas declarações sobre as ações de Israel na Palestina. A bancada acusa Lula de antissemitismo, em resposta ao apoio do governo brasileiro à iniciativa da África do Sul de levar o caso à Corte Internacional de Justiça (CIJ).

No comunicado, as Frentes Parlamentares expressam preocupação com a alegada distorção do significado de genocídio e da convenção internacional pela África do Sul, omitindo os desafios enfrentados pelos palestinos.

“Uma ação como esta deveria ter como alvo o grupo terrorista Hamas, pois este sim é um grupo que vem cometendo genocídios, dia após dia, como o ocorrido em 7 de outubro de 2023, onde exterminou mais de 1.400 seres humanos inocentes (crianças, idosos, mulheres, adolescentes, adultos…)”, diz trecho do texto.

“A imparcialidade e o diálogo construtivo são fundamentais para uma abordagem justa em questões delicadas, e ver o governo brasileiro apoiar uma ação como esta nos causa perplexidade e preocupação. O Brasil sempre se portou com isenção em casos como este, e apoiar a ação proposta quebra a relação de irmandade e respeito que sempre existiu entre Brasil e Israel, tornando ainda o Estado brasileiro parte do processo contra o povo judeu. De forma alguma aceitaremos isso”.

A nota reafirma o respeito aos compromissos internacionais de Israel, mas não menciona a resposta considerada desproporcional do país, que resultou em mais de 23 mil mortes e 58 mil feridos, além de 85% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza serem forçados a deixar suas casas devido aos eventos.

Confira a nota na íntegra:

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