Belezofobia contra Yasmin Brunet: pronto, a piada era essa. Por Nathalí

Atualizado em 11 de janeiro de 2024 às 8:32
Yasmin Brunet. Foto: reprodução

Começou a temporada do “não leio nada sobre BBB”, mas honestamente, estou cansada de explicar todos os anos por que a cultura de massas importa, então vou direto ao ponto:

Recentemente, Luiza Brunet, mãe de Yasmin Brunet, uma das participantes, veio a público dizer que sua filha tem sofrido preconceito no programa.

O motivo: dois homens disseram que não conseguem se aproximar da modelo porque ela é “muito bonita”.

Primeiro, o belo é um conceito complexo até para a filosofia, mas não vou entrar nesse mérito.

Basta dizer que o que estão chamando de “beleza” é a obediência a um padrão inalcançável pela maioria das pessoas.

É mais justo chamá-la apenas de padrão. Eu não tenho, por óbvio, a ousadia de chamar Yasmin Brunet de feia, mas para ser padrão não precisa ser bonita, basta ter dinheiro.

Segundo, pelo amor da deusa, não existe belezofobia, e estou aqui novamente precisando dizer o óbvio.

Ser loira, rica e linda nunca atrapalhou a vida de ninguém; pelo contrário, abre portas.

Se há dois homens na casa receosos de chegarem perto da modelo porque ela é “muito bonita”, isso não significa preconceito, mas o receio comum que o pobre sente ao se aproximar de um rico.

Desde quando o pobre consegue se aproximar do rico sem algum receio ou constrangimento?

Além do mais, o motivo apresentado é que os dois participantes são casados e temem o ciúme das esposas.

Bela atitude de poupá-las desse sofrimento, porque, convenhamos, não sentir ciúmes de Yasmin Brunet é uma missão impossível.

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Yasmin Brunet no BBB 24. Foto: reprodução

Mas vale questionar: por que esse ciúme é tão temido?

Justamente porque Yasmin, com todos os procedimentos estéticos que seu dinheiro pode comprar, está completamente dentro de um padrão que nós, pobres mortais, jamais alcançaremos.

Dizer que isso é preconceito é mais do que exagero, é desonesto.

O que querem que façamos? “Oh, coitada da pobre padrão que sofre por ser muito bonita”?

Me poupem.

Luiza forçou, e forçou muito.

Além de corresponder ao padrão de beleza e se beneficiar disso, Yasmin, como quase todo rico, pensa que o mundo gira em torno dela.

Como esquecer de quando ela brigou com um comitê olímpico inteiro para acompanhar Gabriel Medina, seu então namorado, nas Olimpíadas?

Ela se sentiu no direito de exigir isso da mesma forma que sua mãe se sentiu no direito de usar o termo “preconceito” em uma situação que resulta somente do receio dos pobres em se aproximarem dos ricos, um receio socialmente explicável e mais do que comum.

Yasmin Brunet não está sofrendo preconceito, está sendo tratada como uma deusa intocável porque é bonita, branca, gostosa e rica.

Pessoas assim não são excluídas, elas geram desconforto quando se aproximam dos pobres mortais, justamente pela quantidade de privilégios dos quais se beneficiam.

Preconceito é o que sofrem os pobres, os pretos, as mulheres, os LGBTQIA+, os indígenas, os quilombolas e tantas outras minorias.

Yasmin Brunet não sofre preconceito algum porque não é minoria em nada: é simplesmente uma mulher intimidadora.

Favor não confundir.

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