Biden diz que aviões dos EUA lançarão ajuda humanitária em Gaza

Atualizado em 1 de março de 2024 às 17:51
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. Foto: reprodução

Aliado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira (1º) que o governo do país enviará ajuda humanitária à Faixa de Gaza por meio de lançamentos aéreos.

O anúncio foi feito após a morte de mais de 100 pessoas durante uma distribuição de assistência na região, aumentando as preocupações sobre a situação humanitária no enclave.

Segundo Biden, a iniciativa visa proporcionar ajuda urgente aos palestinos, que enfrentam uma crise humanitária devido aos bombardeios israelenses. No entanto, ainda não há uma data definida para a realização dos lançamentos aéreos nem informações sobre a localização específica onde os insumos serão entregues.

Na última quinta-feira (29), mais de 100 pessoas perderam a vida durante uma distribuição de ajuda humanitária. Segundo relatos de um médico do hospital Al Shifa, as vítimas corriam em direção a um caminhão de ajuda quando foram atingidas por soldados israelenses.

Após o massacre, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, afirmou que uma investigação está em andamento e o governo norte-americano pressionará Israel “para obter respostas”.

“Estamos em contato com o governo israelense desde esta manhã cedo e entendemos que uma investigação está sendo realizada. Vamos acompanhar de perto esta investigação e pressionar para obter respostas”, disse Miller a jornalistas na quinta-feira.

Segundo o Exército de Israel, a área mais vulnerável para a entrega de assistência é o norte do enclave, onde os combates e os saques dificultam significativamente as operações de ajuda humanitária.

De acordo com informações das Forças de Defesa de Israel (IDF), os soldados abriram fogo após se sentirem ameaçados pela multidão. No entanto, o Exército israelense negou a responsabilidade pelas mortes, afirmando que “dezenas de pessoas morreram” devido à superlotação e ao atropelamento.

“A multidão palestina atacou os caminhões e, como resultado, dezenas de pessoas foram mortas devido à superlotação, aglomeração e atropelamento” alegou a entidade militar no X, antigo Twitter.

A guerra na Faixa de Gaza já resultou em mais de 30 mil mortes, com cerca de 25 mil vítimas sendo crianças e mulheres, conforme comunicado do Pentágono. As imagens divulgadas nas redes sociais pelas forças de defesa de Israel mostram o momento do incidente, com grupos se aproximando do comboio de ajuda humanitária.

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